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FAIXA DE FAZA | Crimes em Gaza: Israel continua os bombardeios enquanto Netanyahu parabeniza suas forças

Logo depois de massacrar 110 palestinos e ferir mais de 10 mil, as forças armadas sionistas continuam os ataques. A miséria da vida em Gaza, em que a pobreza, a fome e o desemprego são moeda corrente para seus dois milhões de habitantes.

quinta-feira 17 de maio de 2018 | Edição do dia

Forças aéreas do Exército israelita bombardearam hoje várias instalações do movimento Hamás ao norte da Faixa de Gaza. As forças armadas israelitas afirmaram que “os ataques foram levados a cabo em resposta aos supostos disparos de ontem à tarde contra a cidade de Sderot”, muito próxima da Faixa. Além disso, Israel responsabiliza o Hamas pelo ataque criminoso levado a cabo na Faixa, onde foram assassinados mais de uma centena de palestinos: “A organização terrorista Hamas é a única responsável pelos eventos que ocorrem dentro e fora da Faixa de Gaza”, afirma o exército sionista.

Porém, Israel vai mais além e afirma que os protestos foram “distúrbios orquestrados” pelo Hamas, e considera que ao menos 24 dos mortos palestinos na segunda-feira eram “terroristas com antecedentes documentados de terror”, justificando os assassinatos, incluindo de um bebê de 8 meses de idade.

Quem diretamente saiu em defesa dos assassinatos foi o primeiro ministro de Israel, Benjamín Netanyahu, que disse ontem, durante a recepção do presidente da Guatemala, Jimmy Morales, que os “distúrbios” em Gaza foram “um ato de guerra do Hamas” e não “protestos civis”. Além disso, qualificou a atuação do Exército israelita como “excelente” e o parabenizou.

Os protestos palestinos pela Grande Marcha do Retorno e contra a mudança da embaixada Norte-Americana para Israel na segunda passada, que liquidaram com 60 manifestantes palestinos mortos por fogo israelita em apenas um dia, nos dois seguintes elevando para 110 vítimas mortais desde que começaram as manifestações do 30 de março.

Em resposta ao massacre, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) denunciará Israel perante a Corte Penal Internacional (CPI) de La Haya na próxima terça ou quarta. A denúncia já foi assinada pelo ministro palestino de Assuntos Exteriores, Riad al Maliki, quem viajará para La Haya na próxima semana para apresentar o caso pessoalmente perante o Procurador da Corte. Ainda não se sabe se a Embaixada palestina denunciará a Tel Aviv por crimes contra a Humanidade, por genocídio ou ambos, com competência de La Haya.

Desemprego e pobreza, a vida em Gaza

Porém em Gaza, que nesses dias viu recrudescer os ataques do sionismo israelita, não vive sob as balas das forças da Israel sozinha. A maioria dos seus milhões de habitantes palestinos vivem na pobreza, convivendo com uma taxa de desemprego de 44%, a mais alta do mundo segundo dados do próprio Banco Mundial, e 80% de sua população depende da ajuda internacional para sobreviver, quando no ano de 2000, eram 80.000 as pessoas que dependiam de ajuda alimentícia.

Porém 10 anos de bloqueio israelita, desde que em 2007 o Hamas tomou conta da região, tiveram consequências sociais de tal magnitude, que transformaram a vida em Gaza em algo miserável para os palestinos que vivem alí. A falta de alimentos se soma ao fato de que 90% da água em Gaza não é apta para o consumo humano, e os palestinos estão obrigados a pagar 1,2 dólares por m³, enquanto que os colonos judeus de Cisjordânia pagam 10 centavos de dólar.

Uma pequena mostra da vida dos palestinos na Faixa de Gaza, ainda que 110 deles a tenham perdido essa semana, e várias dezenas se encontram em estado crítico nos hospitais mal equipados da região. Porém Netanyahu fala do “êxito” e parabeniza suas forças.




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