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ENTREGUISMO | Embraer confirma entreguismo de 80% da empresa ao capital americano com aval de Temer

quinta-feira 5 de julho de 2018 | Edição do dia

A joint venture entre Embraer e Boeing, anunciada na manhã desta quinta-feira, 5, deve ser fechada até o final de 2019. O acordo anunciado hoje é de que a Boeing deterá 80% e a Embraer, 20% da nova empresa formada para produção de aviões comerciais, forte da empresa brasileira, que vendeu sua autonomia e um importante setor de pesquisas tecnológicas por míseros US$ 3,8 bilhões. O valor total atribuído ao novo negócio de aviação comercial é de US$ 4,75 bilhões.

Apesar da Embraer ter sido privatizada em 1994, o governo brasileiro detinha uma “golden share” das ações da empresa, que dão poder de veto ao presidente. Temer anunciou que não vetará o entreguismo, facilitando os interesses do capital americano em enviar maiores remessas de lucro para o exterior e a dependência do país frente ao capital imperialista.

A Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa formada com a Embraer. A Embraer, por sua vez, terá direitos a governança e de veto em determinadas matérias, observados termos e condições a serem estabelecidos nos documentos definitivos. A empresa brasileira, na prática, deixará de existir no seu principal ramo, ficando apenas com a produção de aviões empresariais, jatinhos. Seu nome permanecerá na bolsa de valores, mas a nova empresa terá domínio sobre a maior parte do quadro de trabalhadores e técnicos.

A fragilidade e o entreguismo da burguesia brasileira ficam escancarados quando o negócio visa responder à concorrência com a Airbus, que comprou 50,1% do programa de jatos comerciais da canadense Bombardier, que concorre diretamente com a Embraer. Assim, será sob completa entrega das pesquisas, dos lucros e dos trabalhadores da empresa ao capital imperialista que a burguesia brasileira travará essa disputa por maiores lucros.




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