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CONTRA BOLSONARO, GOLPISMO E REFORMAS | Estudantes e professores fazem ato no ICB contra a censura à campanha anti-Bolsonaro

Nessa quarta (17), a professora Maria de Fátima, do departamento de fisiologia, foi abordada em seu laboratório por um vigia da UFMG, que a intimidou para que retirasse de sua porta adesivos que diziam “professores sim, ele não”, “ciência sim, ele não” e “mais livros, menos armas”. Em resposta, dezenas de estudantes e professores protestaram na manhã de hoje (18) no Instituto de Ciências Biológicas e no Centro de Atividades Didáticas 1.

quinta-feira 18 de outubro de 2018 | Edição do dia

O caso foi anunciado na manhã de quarta, na plenária de estudantes, professores e técnico-administrativos, que deliberou um ato para essa quinta, às 10h, em repúdio a essa atitude de perseguição aos que têm feito campanha contra a figura que mais representa um ataque aos direitos democráticos e à esquerda: o candidato Jair Bolsonaro.

O vigia alegou que estava cumprindo ordens, mas a Reitoria ainda não se pronunciou sobre esse caso. Sobre o ato, a professora Maria de Fátima afirmou que a reitora está ciente e que o que aconteceu não está certo. Na última segunda, a Reitora e Vice-Reitor emitiram uma nota em defesa da democracia e contra os ataques que vem acontecendo, sendo dois deles contra estudantes da UFMG.

Repudiamos qualquer tipo de repressão à liberdade de manifestação daqueles que se opõem a Bolsonaro. Nos irmanamos com a vontade dos trabalhadores e da juventude de derrotar Bolsonaro e a extrema direita, diretamente responsáveis por todos os ataques e pelas mortes de Mestre Moa do Katendê e, mais recentemente, de Priscila, uma travesti morta em nome de Bolsonaro em SP.

Os estudantes, professores e técnico-administrativos da UFMG têm agora a tarefa de, pressionando suas entidades de base, construir fortemente o ato do dia 20 e a paralisação de três dias, indicada pela plenária de três setores, para se iniciar no próximo dia 24. É preciso que o DCE garanta assembleias em todos os cursos, que sejam massivas, e que possam deliberar comitês de luta contra Bolsonaro, o golpismo e as reformas.

Veja também: UFMG indica paralisação de três dias contra Bolsonaro




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