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SANTIAGO MALDONADO | Massivo ato na Argentina: "Hoje repetimos: Santiago Maldonado foi desaparecido pelo Estado"

Milhares de pessoas se concentraram para exigir justiça pelo jovem que esteve desaparecido por quase 80 dias. O ato, convocado pelo Encontro Memória, Verdade e Justiça, voltou a denunciar o governo Macri e a Gendarmería (polícia).

sábado 21 de outubro de 2017 | Edição do dia

Dezenas de milhares de pessoas participaram na tarde deste sábado no ato convocado pelo Encontro Memória, Verdade e Justiça na Plaza de Mayo. Fizeram-no para exigir justiça pelo assassinato de Santiago Maldonado.

Imagens do drone da rede internacional La Izquierda Diario

Junto aos organismos de direitos humanos presentes como a Asociación de Ex Detenidos Desaparecidos, APDH, LADH e o CeProDH, entre outros, foram parte da convocatória as principais organizações da esquerda. As forças que integram a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT), o PTS, o PO e a IS, estiveram na convocatória.

Ali se pôde ver seus principais referentes como Nicolás del Caño, Myriam Bregman, Néstor Pitrola, a deputada federal Nathália Gonzalez Seligra e Christian Castillo, entre outros. Entre as colunas militantes destas forças, se destacou a do PTS.

O ato foi uma enorme manifestação política. Ali ficou claro o grande repúdio que existe ao governo nacional por seu acionar no caso do desaparecimento de Santiago. Ao mesmo tempo pôde ver-se a enorme raiva de milhares de pessoas que inundaram a praça para exigir justiça.

Precisamente, no documento que foi lido no ato se denunciou a responsabilidade política do governo e da Gendarmería. Essa força repressiva foi a que atuou no operativo ilegal de repressão que aconteceu no dia 1º de agosto. Nesse dia, desapareceu Santiago Maldonado.

"Esta concentração na Plaza de Mayo, convocado pelo Encontro Memória, Verdade e Justiça, é um ato necessário para todos os que reivindicávamos a aparição com vida de Santiago Maldonado desde o 1º de agosto", começa assinalando o documento.

"O pedido de justiça deste povo não se cala nem ante as campanhas midiáticas do governo, nem com as campanhas de intimidação das forças repressivas", agrega o texto que foi lido do palanque.

"Todos os passos dolorosos para a verdade que se deram esta semana, foram produto da denúncia constante e sem pausa que este movimento de milhares e milhares de pessoas fez junto com a família de Santiago Maldonado", assinala também o documento.

Ademais, denuncia também as mentiras que foram disseminadas pela governo Macri e pelos meios de comunicação aliados dele. "Dissemos que Santiago estava presente em 1º de agosto em Pu Lof [na Patagônia], a ministra Bullrich e todos os portavozes deste governo o negaram e está provado que Santiago esteve em Pu Lof".

No final do documento, como já se realizaram em múltiplas ocasiões, se voltou a exigir a renúncia da ministra de Segurança, Patricia Bullrich, assim como de Pablo Noceti, que esteve à frente da repressão no último 1º de agosto, em Pu Lof.




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