Redação
No mês da consciência negra precisamos lembrar os exemplos de luta de nossos antepassados, inspiração revolucionária para seguir lutando por justiça e liberdade
Renato Shakur
Letícia Parks
Transcrição da fala no debate realizado no Brasil 247 entre Carlos Hortmann, Douglas Rodrigues Barros e Letícia Parks.
Para Bolsonaro e Mourão não existe racismo no Brasil, mesmo assim, o governo procurou censurar a morte de João Alberto na Agência Brasil. Para justificar tal ato de censura o governo alegou que o assassinato no Carrefour tem sido usado de forma "ideológica".
Veja o vídeo completo do emocionante discurso feito pelo pai de João Alberto, vítima de assassinato racista no Carrefour. No discurso ele chama a continuar a luta antirracista e que "Que a morte de João Alberto sirva como lição para as demais pessoas que quiserem colaborar com as camadas sociais para um dia a gente ter uma igualdade mais plena nesse país".
Mini doc do Quilombo Vermelho para debater sobre o levante antirracista no mundo todo e no Brasil, a luta contra o racismo e o capitalismo.
O policial militar temporário e um dos seguranças do Carrefour de Porto Alegre Giovane Gaspar da Silva, que assassinou covardemente João Alberto, escancarou o seu racismo em depoimento. Ele alegou em depoimento hoje (27) que não houve nenhuma discussão antes da brutal agressão que levou Beto a morte.
O ocorrido foi no último sábado (21), quando Michel Zecler chegava em um estúdio de gravação no 17º distrito de Paris.
No dia da consciência negra e logo após o assassinato de João Alberto no Carrefour da zona norte, o judiciário protagonista do golpe decretou a reintegração de posse do Quilombo Lemos, sétimo quilombo urbano de Porto Alegre, instalado na década de 1960. Em plena pandemia, os 28 moradores do quilombo poderão ser despejados em nome da especulação imobiliária.
O IBGE publicou uma pesquisa que compara famílias que tem rendas centradas em pessoas negras e brancas e demonstra o racismo estrutural no Brasil.
Mathias Nery
No sétimo dia da morte de Nego Beto, a rede de hipermercados Carrefour faz demagogia anunciando em comunicado que as lojas não abririam hoje
A mãe de Miguel, morto pelo descaso da patroa, declarou que entrou na graduação de Direito e começa a cursar no próximo ano.
Em suas redes sociais, nesta quarta, 25, Sérgio Camargo chama Mariguella, Madame Satã e João Alberto de marginais.
Para amansar a revolta gerada pelo assassinato de João Alberto, Carrefour vai doar R$25 milhões para o fomento de ações de combate ao racismo, enquanto distribui R$482 milhões a acionistas
Giovana Pozzi
Em apenas um ano o Brasil teve queda absurda de 12 milhões de postos de trabalho, segundo dados mais recentes da Pnad, do trimestre encerrado em agosto, dado este que contempla os mercados formal e informal, considerando empregados, empregadores e trabalhadores que atuam por conta própria.
Ontem (23) no Carrefour do Norte Shopping e em outros supermercados da rede, no estado do Rio de Janeiro, se expressou muita indignação e revolta após o brutal assassinato de João Alberto. É preciso fortalecer novos atos, o caminho pelo qual é possível impor justiça e enfrentar o racismo que ceifa vidas negras todos os dias.