Enquanto as crianças e os pobres comem uma “ração” com processo de produção desconhecido, feita de alimentos vencidos, Doria atinge seu objetivo de beneficiar as empresas: as empresas que descartarem seus restos de alimentos para a composição dessa mistura terão concessão de financiamentos em condições favorecidas, isenções do Imposto Sobre Serviços (ISS) e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e também terão seus custos com descarte de alimentos barateados.
Rosana Perrotti, dona da plataforma Sinergia, que é a idealizadora da “farinata”, essa mistura feita de produtos que não estão em condições de ser comercializados - que é base da “ração humana” -, oferecida pelo programa “Alimento para Todos” de Doria, é quem escancara os reais motivos desse composto existir: “O processo de descarte custa US$ 750 bilhões para a economia global. Cada mercado sabe seu custo. Nós vamos reduzir esses custos ao operacionalizar a farinata. A prefeitura não vai colocar nenhum recurso, vai simplesmente reduzir seus custos”, declarou em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Para não restar dúvidas, Rosana completou: "Se tem um custo para incinerar, a empresa vai poder gastar menos para beneficiar".
A proprietária da Sinergia só esqueceu de mencionar que os reais beneficiados não são os pobres, que terão acesso a um composto que não se conhece os componentes nutricionais, nem as crianças que ao invés de poderem repetir sua merenda quantas vezes quiserem, terão acesso à mistura feita de produtos vencidos, mas sim os grandes empresários que reduziram seus custos.
É para esses os empresários, que Doria governa. Apesar de toda demagogia, fica claro que a preocupação não é com a fome, os trabalhadores, o povo pobre e as crianças. Para Doria, para beneficiar os grandes capitalistas, vale tudo.
Precisamos lutar por uma alimentação digna, Dória que goza de milhões de reais e dá banquetes para seus aliados políticos ao propor essa "farinata" faz uma verdadeira provocação a população propondo dar produtos vencidos as crianças. Para garantirmos uma alimentação saudável e acabar com o desperdício precisamos defender a expropriação das grandes empresas alimentícias, para que quem controle a produção seja os próprios trabalhadores.
O combate à direita deve ser feito a partir da recuperação dos sindicatos, fortalecendo seu papel na real luta dos trabalhadores e transformando em uma ferramenta real de organização que os trabalhadores precisam para travar uma forte luta contra todos esses ataques em São Paulo e a nível nacional.
|