Parte desse acordo era com o Solidariedade, partido de Paulinho da Força, conhecido burocrata da patronal Força Sindical. Ele estava plenamente disposto a apoiar Geraldo Alckmin (PSDB), mas rompeu com frente a negativa do tucano de revisar o impedimento do imposto sindical na reforma trabalhista.
Nessa mesma negativa, Alckmin se mostrou indisposto a tocar em qualquer ponto da Reforma Trabalhista, inclusive a escandalosa autorização para que patrões submetam mulheres grávidas a exposição em ambientes insalubres para a sua vida e a do feto. O mesmo presidenciável, ao comentar o tema da legalização do aborto, diz achar as leis atuais “suficientes” e reproduz o demagógico discurso de “defesa da vida”.
Uma candidatura repugnante que naturaliza as milhares de mortes por abortos clandestinos no país ao negar a necessidade da legalização do aborto, seguro e gratuito. Mais repugnante frente a relutância de Alckmin ponderar qualquer ponto da Reforma Trabalhista, em especial esse que coloca a vida das mulheres grávidas e do próprio feto em risco, o que mostra o completo desprezo de Alckmin com a vida das mulheres.
Além disso, a Reforma Trabalhista de conjunto é uma ameaça a vida das mulheres e suas famílias, pois rebaixa os salários, impõe uma vida de subempregos rotativos e sem direitos às mulheres e suas famílias.
A Força sindical, uma das maiores centrais sindicais que filia milhões de trabalhadores por todo o país, foi uma das principais responsáveis pelas diversas traições que o movimento operário sofreu nos últimos anos. Paulinho da Força, principal dirigente da central, apenas se importa com o imposto sindical que para manter os privilégios de sua casta burocrata, e não enquanto uma forma de desmantelar a organização sindical.
Desorganizou os trabalhadores frente a necessidade de lutar contra a reforma trabalhista, que se trata de uma reforma absolutamente reacionária que precariza as condições de trabalho e vida dos trabalhadores, principalmente das mulheres. Além disso, cogitou inclusive fazer uma aliança com um dos candidatos mais ajustadores do país, que promete ir além e na reforma da previdência, terminar de implementar a lei da terceirização, e aprofundar o arrocho de gastos com saúde e educação.
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