Depois do lulismo e bolsonarismo se unirem na Câmara para reeleger o reacionário Arthur Lira, é a vez da eleição para o Senado. A tendência é que algo semelhante se repita no Senado, reelegendo Rodrigo Pacheco. Porém, essa disputa tende a ser um pouco mais acirrada, pois os senadores abertamente bolsonaristas lançaram Rogério Marinho como candidato e apostam na sua eleição.
O presidente do Senado tem grande poder sobre a pauta de cada sessão. Rodrigo Pacheco foi presidente do Senado durante os 4 anos do governo Bolsonaro, sendo peça importante para a aprovação de inúmeros ataques contra os trabalhadores, as mulheres, povos indígenas. Foi ele que colocou na pauta do dia ataques reacionários como o PL da Grilagem e a privatização da Eletrobrás, por exemplo. E é nele que Lula e o PT apostam para formar governo.
O setor mais abertamente bolsonarista, formado por senadores desprezíveis como Damares Alves e Mourão, lançaram Rogério Marinho para disputar a presidência e tentar ganhar uma forte posição. Marinho, quando ainda era parte do PSDB, foi o relator da Reforma Trabalhista, responsável por precarizar brutalmente a vida dos trabalhadores do país.
A tendência é que Rodrigo Pacheco confirme sua reeleição. Assim, Lula terá mais um laço confirmado com setores reacionários e neoliberais que respondem aos interesses do grande capital. Não se pode esperar nada de Rodrigo Pacheco além de duros ataques contra os trabalhadores para beneficiar a sede de lucro de um punhado de capitalistas, pois, assim como Arthir Lira, é responsável direto pelo agravamento da miséria no país.
Acompanhe o desenvolvimento da eleição no Senado pelo Esquerda Diário.
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