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Transportes São Paulo
ViaMobilidade toma 30 trens da CPTM e se nega a devolver
Mateus Castor
Cientista Social (USP), professor e estudante de História

Segundo dados de matéria do UOL, a ViaMobilidade detém o controle de 30 trens que foram emprestados pela CPTM. Favorecendo como sempre os empresários, essa posse ilegal do patrimônio publico é tratada simplesmente como um adiamento contratual pelo governo Tarcísio.

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Imagem: Gustavo Bonfate

A ViaMobilidade, segundo o contrato privatista, deveria ter 53 para a operação das linhas 8 e 9. A CPTM emprestou 56 trens, 35 deles deveriam ter sido devolvidos.

Em setembro, a ViaMobilidade deveria ter devolvido 13 trens e comprado outros 28 novos. Não devolveu e nem comprou. Mais um caso que evidencia como as parcerias público-privadas (PPP) são uma relação parasitária e mafiosa de capitalistas com a propriedade pública, que querem lucrar com serviços públicos sucateados.

Há mais uma vantagem que a ViaMobilidade possui que só a privatização poderia garantir: uma prestação criminosa de serviços não pagos da CPTM à empresa, que diariamente prova com suas falhas e superlotações a farsa do discurso neoliberal de maior “eficiência” dos serviços públicos privatizados.

Sem os serviços de manutenção e de socorros diários dos ferroviários das linhas públicas às linhas privatizadas a situação seria ainda mais caótica do que já é. Segundo depoimentos de funcionários colhidos pelo UOL, “o pessoal da ViaMobilidade pede socorro sempre para nós". Da mesma forma, ferroviários da manutenção já tiveram de reparar trens deteriorados pela empresa. “Voltou todo sucateado, e tivemos que refazer todo pra entregar [de volta] pra eles."

Situação escandalosa que Tarcísio deseja multiplicar com a privatização do Metrô, da CPTM e da Sabesp, contra a qual essas categorias organizaram hoje uma greve unitária.

O Metrô paulista amanheceu com fortes piquetes, obrigando Tarcísio a recuar em sua intimidatória convocação de 4 mil policiais para reprimir os piquetes.

Enquanto a população enfrenta falhas cotidianas nas linhas privatizadas, a CCR, responsável pelo metrô e trem privatizado, recebe 10 vezes mais por passageiros nos repasses mafiosos do Bilhete Único. Mas não só: a Via Mobilidade só pode receber esses passes milionários graças ao "empréstimo" de trens, que já se configuram como um roubo.

Enquanto a população enfrenta falhas cotidianas nas linhas privatizadas, a CCR, responsável pelo metro e trem privatizado, recebe 10 vezes mais por passageiros nos repasses mafiosos do Bilhete Único. Mas não só: a Via Mobilidade só pode receber esse passes milionários graças ao "empréstimo" de trens, que já se configuram como um roubo. Mesmo recebendo pequenas multas do governo, que não deseja causar o mínimo incômodo, a empresa se recusa a devolver os trens.

A luta contra a privatização é urgente e este dia 28 de novembro é mais um importante passo no fortalecimento da mobilização, é fundamental que o ato às 15h em frente a Alesp conte com a presença de todos batalhando pela união das fileiras operárias em aliança com a população, exigindo que as centrais sindicais fortaleçam e construam de fato essa luta pela base, na defesa da reincorporação de todos os lutadores demitidos e contra a privatização dos serviços públicos.

Leia mais: Todos ao ato unificado às 15h na Alesp em apoio a greve e contra as privatizações de Tarcísio!

 
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