Estamos presenciando um dos maiores massacres de um povo registrados na
história recente. Em pouco mais de quatro meses, foram cerca de 30 mil palestinos
assassinados. Crianças e mulheres são as maiores vítimas; milhares de feridos e
edificações em ruínas, com estimativa de 7 mil pessoas ainda sob os escombros e
milhões de pessoas que foram obrigadas a abandonarem suas casas.

Este cenário impede qualquer possibilidade de posicionamento neutro. A
grande mídia brasileira se posiciona enquanto cúmplice e a extrema direita sionista,
representada por Bolsonaro e Milei na América Latina, faz diretamente uma
campanha de defesa da barbárie que o Estado de Israel promove em Gaza com
apoio do imperialismo estadunidense e Joe Biden à frente. Repudiamos essa
cumplicidade reacionária com o genocídio colonialista de Israel!

Os metroviários, por outro lado, vêm dando importantes exemplos de solidariedade
internacional, com posições votadas em assembléias e setoriais, o que gerou uma
reação da empresa e do governador Tarcísio punindo trabalhadores que ergueram a
bandeira da Palestina. Exigimos a retirada imediata das punições! 

Vimos a extrema direita sionista e o estado de Israel atacando Lula por suas
declarações e nós rechaçamos estes ataques, de forma independente do governo.
Isso porque o governo Lula segue mantendo até agora todas as relações
econômicas, militares e diplomáticas com o Estado sionista, com o Brasil tendo
exportado US$ 662 milhões para Israel em 2023 e são diretamente as armas de
Israel que matam e reprimem os negros nas favelas e periferias.

A resposta que os trabalhadores devem dar é se somar ativamente na
campanha internacional de solidariedade ao povo palestino. Trabalhadores
portuários de Barcelona, Bélgica, Estados Unidos, Austrália e outros países já se
recusaram a embarcar armamentos para Israel. Milhões de manifestantes tomam as
ruas no mundo inteiro pelo cessar-fogo imediato.

O nosso Congresso dos Metroviários e Metroviárias neste momento deve se
dar à tarefa de fortalecer essa campanha, defendendo em primeiro lugar o
rompimento de todas as relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o Estado
de Israel e o cessar-fogo imediato em Gaza, chamando a que as centrais sindicais,
como CUT e CTB, saiam de sua paralisia e construam em cada local de trabalho
esta campanha.

Por isso defendemos que todos os Palestinos possam reconstruir suas vidas de
forma livre, mediante o direito de retornar a seu território histórico na Palestina, que
deve ser reconstituído integralmente, como única maneira de garantir a convivência
harmônica de árabes e judeus, como ocorria antes da fundação de Israel, assim
como de todos os trabalhadores, independentemente de sua religião ou cultura.
Neste processo queremos debater com os trabalhadores a importância de defender
a perspectiva de uma Palestina Livre, Operária e Socialista, do rio ao mar. 

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