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Miséria | 2021 foi o ano com maior número de pernambucanos vivendo na extrema pobreza

Este foi o recorde da série histórica, iniciada em 2012. Estado atingiu o segundo maior índice no país, atrás apenas do Maranhão.

domingo 4 de dezembro de 2022 | Edição do dia

Como já colocamos aqui, desde o golpe institucional, a pobreza e a miséria vem aumentando no país, e esse aumento é especialmente forte no Nordeste. Dados trazidos pelo IBGE, através da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) confirmam isso da forma mais cabal.

A pesquisa mostrou que o índice de pernambucanos na extrema pobreza foi de 18,7%, com 51% da população abaixo da linha da pobreza. O desemprego foi de cerca de 20% e o rendimento médio de 828 reais. A série histórica da pesquisa iniciou em 2012 e o ano passado registrou os piores índices, sejam a nível nacional, quanto a nível estadual. No entanto, essa piora foi sensivelmente pior na região Nordeste, que de forma geral registrou 48,7% da população na pobreza, respondendo por cerca de 44,8% das pessoas nessa situação no país, apesar da região não conter nem 30% da população nacional. A desigualdade também se expressa na questão de gênero e racial. Quanto aos dados de rendimento, foram R$ 871 para homens, R$ 807 para mulheres, R$ 1.184 para brancos e R$ 676 para pretos ou pardos.

O aumento nas taxas é resultado direto da reforma trabalhista, que precarizou os postos de trabalho sem gerar empregos, além do teto de gastos. A isso, temos que somar outras políticas de ajuste fiscal, que cortam recursos de políticas públicas e direcionam para o pagamento da dívida pública.

Junto com o aumento da pobreza, vemos também o aumento da fome. São inúmeras pesquisas mostrando como a fome voltou a assolar o lar de milhões de brasileiros, principalmente no Nordeste. Isso também é justamente fruto de uma política que favoreceu o agronegócio, que lucra horrores com a inflação dos alimentos, exportando a maior parte da produção, de forma que o Brasil consegue a proeza de ser o país da fome mesmo sendo o terceiro maior produtor de alimentos do mundo.

Esse cenário de calamidade não poderá ser resolvido se aliando com banqueiros neoliberais, que foram fiadores das reformas e do teto de gastos, ou buscando uma ala “racional’ do agronegócio. É necessário um programa que ataque as questões estruturais mais profundas, como um a revogação de todas as reformas e do teto de gastos, o não pagamento da dívida pública, para que o orçamento pública seja investido nos serviços e políticas públicas, além de uma reforma agrária radical, que exproprie os latifúndios do agronegócio!




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