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Eleições 2022 | 5 motivos para não votar em Tarcísio de Freitas para o governo de São Paulo

quinta-feira 15 de setembro de 2022 | 16:06

Marcelo Camargo/Agência Brasil

1 Foi ministro de Bolsonaro e continua alinhado com o Bolsonarismo

Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2018 foi considerado um dos “super ministros” de Bolsonaro” junto a Paulo Guedes. Tarcísio foi ministro da infraestrutura e se encarregou de avançar na privatização nos setores de energia e transportes. Como ministro ele deu o start para o processo de privatização do Porto de Santos. Processo que foi aprovado Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) nesta segunda-feira, dia 13.

No debate para governadores do Estado de São Paulo, Tarcísio reafirmou seu alinhamento a Bolsonaro e a política racista da direita negando que o racismo seja um problema no pais e atacando a política de cotas.

2. Faz parte do reacionário partido Republicanos que promove inúmeros ataques racistas, machistas e homofóbicos

Em maio, este ano, o companheiro de partido de Tarcísio de Freitas, Wellington Moura, outro bolsonarista, destilou ofensas de cunho racista à deputada Monica Seixas (PSOL). O parlamentar afirmou que iria colocar um “cabresto de boca” na deputada. Cabresto era um instrumento utilizado durante a escravidão para amordaçar a boca dos negros escravizados. Neste último debate de governadores para o Estado de São Paulo, outro companheiro de partido, Douglas Garcia, atacou a jornalista Vera Magalhães seguindo as orientações de Bolsonaro e do Bolsonarismo. Sobre isso, Maíra Machado, candidata a Deputada Estadual em São Paulo, twitou:

“O caso de Douglas Garcia dividiu até bolsonaristas. Agora querem lavar as mãos como se ele não fosse uma expressão das ideias do bolsonarismo, da extrema direita misógina e desse regime degradado”

— Maíra Machado #16555 (@MairaMRT) September 15, 2022

3. Mais um político contra a separação das igrejas e do Estado

Não é incomum que políticos da direita se utilizam da religião para angariar votos. Tarcisio é um deles que usa e abusa da religião para incentivar as relações reacionárias e contra as mulheres, LGBTs religiões de matriz africana e negros. Católico fervoroso, o ministro diz ter convicção de que Bolsonaro foi ungido por ninguém menos que Deus: “Ele não só foi um escolhido pela população brasileira. É um escolhido de Deus”, afirmou em seu discurso de posse. Obviamente, foi um defensor resoluto do discurso persecutório contra a “ideologia de gênero” nas escolas.

4. Fez parte da vergonhosa e reacionária intervenção militar brasileira no Haiti

Tarcísio é um ex-oficial do exército, atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). No dia 1° de junho de 2004, a ocupação, chamada pelo imperialismo e pelo governo Lula de “missão de paz”, teve como objetivo conter a revolta generalizada das massas e garantir a manutenção de regimes e governos que atendam aos interesses capitalistas no Haiti. Durante os 13 anos de ocupação militar, as tropas brasileiras não levaram mais do que opressão e desrespeito aos mais elementares direitos civis com invasão permanente das residências pelo exército, desvio e ocultamento de alimentos, assassinatos, proibição de atos e repressão a manifestações políticas.

5. Defende aprofundar a violência e impunidade policial

Tarcísio de Freitas é um grande defensor da política repressora e assassina da polícia paulista e. Segundo ele, os policiais estão sendo inibidos de atuar por causa das câmeras colocadas no uniforme. Como apontamos nesta matéria, em um país que ocorrem atrocidades como o caso Genivaldo, morto pela Polícia Rodoviária Federal em Sergipe por meio de métodos de tortura nazistas, e chacinas como a que vimos na Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro, em que a polícia militar deixou um saldo de 26 mortos, ficamos pensando o que inibe os policiais, já que o papel histórico que cumpre a polícia é o ataque e assassinato dos negros, pobres, moradores das favelas, indígenas e de todos os setores oprimidos, assim como da classe trabalhadora de conjunto em nome de defender os interesses da burguesia e dos estados.

Desde o Esquerda Diário, colocamos a necessidade de nos organizarmos para enfrentar Bolsonaro, o bolsonarismo - representado em figuras reacionárias como Tarcísio de Freitas - e as reformas e privatizações que corroem as condições de vida da classe trabalhadora e do povo pobre e oprimido. Para fortalecer esta perspectiva estamos apresentando as candidaturas, para deputada estadual da professora Maíra Machado, e do trabalhador e militante negro Marcelo Pablito.

Conheça as candidaturas socialistas e revolucionárias do Movimento Revolucionário de Trabalhadores. Candidaturas que colocam que para enfrentar Bolsonaro, as reformas e a direita é preciso construir a unidade da classe trabalhadora junto às mulheres, ao povo negro, aos indígenas e LGBTQIAP+ sem conciliação com a direita e os patrões




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