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Editorial MRT | 5 pontos para uma posição de independência de classe diante das eleições no Brasil

Nesta semana todos os trabalhadores e jovens estão de olhos abertos para as eleições que vão definir quem governará os próximos anos o país. O MRT e o Esquerda Diário vieram se posicionando frontalmente contra Bolsonaro e as reformas, para unir a classe trabalhadora sem aliança com a direita e os patrões.

Diana AssunçãoSão Paulo | @dianaassuncaoED

terça-feira 27 de setembro de 2022 | Edição do dia

1 - Combater todos os ataques bolsonaristas e golpistas

A cada dia que passa vemos alguma notícia de um novo ataque incentivado pelo discurso de Bolsonaro, que prega o ódio de classe contra os trabalhadores, a juventude e a esquerda. Diante da virulência racista e misógina de Bolsonaro e sua corja, com os ultraneoliberais de Paulo Guedes e os militares que querem arbitrar nas eleições, não há meias palavras. É preciso dar uma resposta contundente a cada atentado, bem como diante de qualquer ameaça golpista exigir das centrais um plano de luta imediato com greves e manifestações. A organização da nossa classe é decisiva. Ainda que Bolsonaro seja derrotado nas urnas, o bolsonarismo seguirá existindo como força social reacionária no país.

2 - Lutar pela revogação de todas as reformas e privatizações

O ponto “zero” de qualquer programa classista precisa começar pela revogação de todas as reformas. Estamos falando da reforma trabalhista, reforma da previdência, lei da terceirização irrestrita, teto de gastos, privatizações como recentemente ocorreu com a Eletrobrás. Esses ataques são resultado do golpe institucional de 2016, articulado pelo imperialismo norte-americano, o judiciário, a bancada ruralista, a cúpula evangélica, as forças armadas e toda a direita para levar adiante ataques ainda mais profundos do que o PT vinha fazendo em seus governos. A grande maioria dos candidatos, incluindo Ciro Gomes que mostrou de forma escancarada seu direitismo que não é de agora, estão comprometidos com o capital financeiro: nenhum ataque será revisto, como já declarou a chapa Lula-Alckmin.

3 - Nenhuma aliança com a direita e os patrões

É justamente por isso que a chamada “frente ampla” não responde aos problemas da nossa classe. Querem nos convencer que se aliando com empresários, banqueiros, com o agronegócio, com a FIESP e a FEBRABAN vamos resolver nossos problemas. Impossível, uma vez que nossos problemas são criados justamente por estes setores que não somente vivem como parasitas às custas do nosso trabalho, como também atuam permanentemente se apoiando em todas as instituições do regime como o STF e o Congresso Nacional para aplicar cada vez mais ataques descarregando a crise nas nossas costas. Foram eles mesmos que proporcionaram a chegada de Bolsonaro ao poder, apoiando o golpe institucional, a Lava Jato, a prisão do Lula e o governo Temer. Hoje, alguns desses passaram a fazer uma retórica de oposição ao governo, mas aprovam todo o seu legado de ataques econômicos e sociais. Nunca, em nenhum lugar do mundo, se aliar com nossos inimigos de classe resolveu nossos problemas, ao contrário, este caminho de conciliação de classes apenas abre espaço para a extrema-direita, como fez o PT quando foi governo federal e está fazendo agora, com apoio do PSOL-Rede.

4 - Unir a classe trabalhadora, a juventude e os movimentos sociais

A verdadeira amplitude que precisamos para derrotar Bolsonaro, o bolsonarismo e todas as reformas é a ampla unidade da classe trabalhadora em todo o país. Unir os operários das fábricas, os metroviários, os rodoviários, as trabalhadoras da saúde, professoras e professores, entregadores, operadores de telemarketing, se organizando desde a base de cada local de trabalho, unindo a classe com a juventude em todas universidades e escolas, assim como o movimento negro, de mulheres, indígenas e LGBT´s batalhando para enfrentar as reformas e defender um programa que não somente faça os capitalistas pagarem pela crise mas que coloque em xeque o conjunto desse sistema de opressão e exploração. Para isso, as direções majoritárias do movimento de massas, em primeiro lugar as centrais sindicais como a CUT e a CTB, mas também dos movimentos sociais e cada um dos grandes sindicatos do país, precisam abandonar a política de trégua e organizar um plano de luta concreto contra todos os ataques.

5 - O papel das candidaturas do MRT e do Polo Socialista Revolucionário

É por isso que nestas eleições chamamos todos os trabalhadores e jovens a apoiar as candidaturas do MRT e do Polo Socialista Revolucionário, que reúne diversas organizações e ativistas que querem defender um programa de independência de classe. Dentro do Polo existem diferentes posições políticas sobre diversos temas, entretanto é a candidatura presidencial que hoje expressa uma posição de independência de classe, por isso declaramos nosso voto em Vera Lucia do PSTU e Raquel Tremembé. Compreendemos todos os trabalhadores e jovens que querem nas urnas depositar seu voto criticamente para o candidato que tem mais chances de derrotar Bolsonaro, mas alertamos que é preciso batalhar desde já por uma política de independência de classe. Com o conteúdo mais de conjunto que expressamos neste editorial e viemos expressando no Esquerda Diário através também do programa Esquerda em Debate chamamos todos os trabalhadores e jovens a apoiar e conhecer as candidaturas de Marcello Pablito Deputado Federal e Maíra Machado Deputada Estadual ambos em São Paulo, de Carolina Cacau Deputada Estadual no Rio de Janeiro, de Flávia Valle Deputada Federal em Minas Gerais e Valéria Muller Deputada Federal no Rio Grande do Sul. São candidaturas de trabalhadores e trabalhadoras, em sua maioria mulheres, que têm como objetivo fortalecer a luta e a organização pela base da classe trabalhadora, uma vez que após as eleições nossas tarefas seguirão vigentes. Faça parte da construção dessa força independente sem a direita e sem patrões.




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