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RUMO AO 3J | "A CSP-Conlutas poderia organizar assembleias nos seus sindicatos pra defender a greve geral", diz Marcella Campos

O Esquerda Diário conversou com Marcella Campos, professora da rede pública de São Paulo, diretora Estadual da Apeoesp pela oposição Nossa Classe Educação e militante do MRT, sobre as manifestações do dia 3J e como potencializar nossa luta para derrubar Bolsonaro, Mourão e todos os ataques aos trabalhadores e mais oprimidos.

quarta-feira 30 de junho de 2021 | Edição do dia

O Esquerda Diário conversou com Marcella Campos, professora da rede pública de São Paulo, diretora Estadual da Apeoesp pela oposição Nossa Classe Educação e militante do MRT, sobre as manifestações do dia 3J e como potencializar nossa luta para derrubar Bolsonaro, Mourão e todos os ataques aos trabalhadores e mais oprimidos.

Leia mais sobre nossas ideias em nosso editorial e análise nacional.

Marcella Campos:

“Bom, frente a crise política do governo, aprofundada com o escândalo da Covaxin que veio à tona pelos irmãos Miranda na CPI da Covid da última sexta, as mobilizações, anteriormente convocadas para o dia 13 e 24 de julho, agora foram adiantadas para este sábado, dia 3. Isso expressa a vontade de luta contra Bolsonaro e toda sua política genocida e reacionária que ele, junto de Mourão e instituições golpistas como o Congresso Nacional, o STF, vem aplicando.

A corrupção envolvendo vacinas em um momento onde ultrapassamos das 500 mil mortes, à beira da terceira onda, demonstra que a prioridade do governo é garantir os lucros dos capitalistas e descarregar mais e mais ataques nas nossas costas. Precisamos dar um basta! As mobilizações abrem um espaço para organizarmos toda nossa raiva e ódio para derrubarmos todos eles de vez. Nós do MRT e do Nossa Classe Educação dizemos que agora rumo ao dia 3J, precisamos batalhar por uma Greve Geral, paralisar tudo com os métodos de luta da nossa classe e mostrar a nossa força para fazer a burguesia tremer! Imagina a força que seria se diversas categorias paralisassem pelo país. O papel que as centrais sindicais podem cumprir articulando os sindicatos das categorias que dirigem é fundamental.

Por exemplo, a CSP- Conlutas, dirigida pelo PSTU, que dirige sindicatos importantíssimos pelo país dentre eles o sindicato dos metalúrgicos de São José do Campos e a Federação dos sindicatos dos metalúrgicos de Minas Gerais, uma categoria extremamente estratégica da produção, o ANDES - Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior e o SINTRAJUD em São Paulo, poderia convocar assembleias de base para votar uma exigência à Centrais como a CUT e a CTB (PT e PCdoB) para romper com a paralisia e conformar um Comitê Nacional para batalhar por uma Greve Geral.

As direções burocráticas das centrais sindicais atuam na contramão disso. Como o PT e o PCdoB que dirigem a CUT e a CTB. A CSP- Conlutas, nesse sentido poderia dar um exemplo, não se adaptando a essa lógica e organizando assembleias de base nos seus sindicatos com direito à cvoz e voto para todos pra defender a greve geral.

Isso poderia ser um diferencial para dar um pontapé e fortalecer a organização dos trabalhadores rumo ao 3J! A força que nós professores, junto dos metroviários, metalúrgicos, petroleiros, etc, temos, nos aliando também aos estudantes e os movimentos sociais, pode derrubar com um só punho esse regime podre e se colocar frontalmente contra todos os ataques, as reformas e as privatizações que vem nos atacando e precarizando cada dia mais e levar a frente uma nova constituinte livre e soberana.

Ao contrário do que defendem setores da esquerda, como o PSOL, o PCB, a UP, que confiam em saídas por dentro do regime golpista que nos ataca, com pedidos de impeachment à Bolsonaro, que levaria o racista Mourão ao poder, só a nossa força, dos trabalhadores, nas ruas pode mudar o curso real das coisas. A esquerda deveria romper com essa política de cada vez mais adaptação ao regime e subordinação à política petista de contenção das mobilizações e conciliação de classes rumo às eleições de 2022 e organizar a luta dos trabalhadores agora! Não podemos ficar à mercê da frente ampla de Lula que perdoa os golpistas, ou seja, seus ataques, e a sua estratégia eleitoral, e nem a CPI que é um verdadeiro teatro dos golpistas. Não somos massa de manobra e a nossa luta é agora! Por uma Greve geral para derrubar Bolsonaro, Mourão, os ataques e impor uma nova Constituinte! Chega a ser nós a pagarmos por uma crise que os capitalistas criaram!”

Veja também: Chamado à esquerda para construir um Comitê Nacional pela Greve Geral




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