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Carestia de vida | A fome bate à porta: Inflação de abril é maior desde 1996

Ainda que a inflação de abril tenha ficado em 1,06%, após alta de 1,62% em março, ela bateu recorde chegando a 4,28% segundo o IPCA, o maior desde 1996 (1,26%). A marca do governo Bolsonaro é que a fome bate à porta.

quarta-feira 11 de maio de 2022 | 15:56

Imagem: Reuters/Paulo Whitaker

Esta foi a maior alta de um mês de abril em 26 anos, na prática isso significa que os trabalhadores terão ainda mais dificuldades para comprar itens básicos para alimentação. A inflação saltou no acumulado anual para 12,13%, acima dos 11,30% no acumulado anual do mês anterior. A maior inflação no período de 12 meses desde 2003 (13,98%).

Segundo o analista de pesquisa André Almeida o transporte, alimentação e bebida contribuíram com cerca de 80% do índice de abril. Ou seja, os gastos básicos dos trabalhadores seja para alimentação ou transporte aumentaram mais uma vez. Só para se ter uma ideia itens básicos como a cenoura aumentou 178%, a batata inglesa subiu 60%, o melão 82%, o brócolis 35,7%, o tomate 103% e o frango em pedaços 20%. A gasolina foi o item que sozinho mais contribuiu com a alta em abril segundo dados divulgados pelo IBGE.

Se o salário não aumentar mensalmente de acordo com a inflação, o conjunto da população não vai conseguir se alimentar direito ou irá tirar alguns desses alimentos de sua alimentação. Estamos falando de milhões de famílias trabalhadoras que chegam no final do mês e veem que seu salário não dá para nada. Além disso, muitos trabalhadores se encontram em situação de desemprego e precisam urgentemente de um auxílio emergencial no valor de 1 salário mínimo. E também é necessário que se diminua as horas de trabalho para 6h para que se possa contratar esses desempregados sem reduzir os salários.

Esses índices que só aumentam escancaram a verdadeira política de Bolsonaro e Mourão de agradar o agronegócios, os militares e empresários enquanto a população passa fome. Ao mesmo tempo, não podemos nos esquecer que o STF e o Congresso também tem sua parcela de responsabilidade, porque ajudaram a passar todos os ataques que agora aprofundam a crise e a desconta nas costas dos trabalhadores.




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