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Em coletiva de imprensa | Alexandre de Moraes compra narrativa de diretor da PRF e diz que ações não impediram ninguém de votar

Em coletiva de imprensa, Alexandre de Moraes falou durante cerca de meia hora sobre como foi o dia de votação e também sobre as ações da Polícia Rodoviária Federal. O presidente do TSE comprou a narrativa da PRF e reiterou várias vezes que “ninguém foi impedido de votar”. Fala de ministro contradiz montanha de vídeos e denúncias que estão se amontoando nas redes, com policiais fazendo barbaridades contra eleitores do Lula e população mais pobre.

domingo 30 de outubro de 2022 | Edição do dia

Alexandre de Moraes deu coletiva de imprensa em tom de tranquilidade e segurança, bem destoante do clima nas redes sociais de todo o país. Enquanto chovem denúncias de que a PRF e o exército estão fazendo ações para impedir que vários setores da população possa votar, o presidente do TSE reiterou várias vezes que “ninguém foi impedido de votar”. Chovem vídeos também de policiais agredindo eleitores do Lula, fazendo campanha para Bolsonaro e abusando da autoridade nesse segundo turno.

Ele disse que conversou com o diretor da PRF, que afirmou que as ações de fiscalização que estavam sendo feitas estariam dentro das normas das leis, que serviam para supostamente barrar irregularidades. Na prática, é o TSE passando um pano criminoso para as ações absurdas e arbitrárias que estão se espalhando pelo país, com destaque para o nordeste.

Quando perguntado sobre se essa quantia absurda de ações sendo feitas justamente no segundo turno não seria anormal, Moraes não soube responder e disse que o diretor da PRF disse que estava tudo dentro da lei.

Em vídeos como os que podem ser vistos aqui, fica claro que há ações da PRF no sentido de tentar tumultuar as eleições, atrasar eleitores, ou mesmo tentar convencê-los de última hora a votar em Bolsonaro. Trata-se de flagrante ataque ao direito democrático de votar, um ataque desesperado de última hora frente à alta possibilidade de Bolsonaro perder a eleição. Cabe recordar que o diretor da PRF fez campanha para Bolsonaro nesse segundo turno.

Já foram um total de 560 operações da PRF registradas oficialmente até agora em todo o país, sendo 272 só no nordeste. Há denúncias do exército participando dessas fiscalizações, ou então de cidades inteiras em que o prefeito bolsonarista suspendeu o transporte público para impedir que os pobres possam votar ([como é o caso de Querência, onde estima-se que 3 mil indígenas foram afetados por essa medida absurda e antidemocrática) -https://www.instagram.com/p/CkWSJpkpcGz/?igshid=MDE2OWE1N2Q=].

É preciso combater essas barbaridades com a força da mobilização da classe trabalhadora. A fala de Alexandre de Moraes deixa claríssimo como não podemos de forma alguma confiar no TSE ou no STF para combater os ataques da extrema-direita e do bolsonarismo, como foi o caso das ações criminosas da PRF e do exército de hoje.




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