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Ônibus em Natal | Álvaro Dias e Fátima junto a patronal deixam os trabalhadores e estudantes sem ônibus

Após 2 semanas de ataques de facções a prédios públicos e ônibus, a manhã desta segunda-feira, 27, começou com o caos gerado pela falta de transporte público para milhares de trabalhadores e estudantes de Natal e Região Metropolitana. As cenas são de paradas e ônibus lotados, enormes engarrafamentos que fez a população passar até 4 horas no trânsito.

segunda-feira 27 de março de 2023 | Edição do dia
Foto: Uefyerryeni

Na Zona Norte a situação foi agravada pela situação das chuvas de ontem. Graças à precária estrutura urbana, fruto da política capitalista de Álvaro Dias, que entrega a cidade aos grandes hotéis e à construção civil, a Avenida Felizardo Moura cedeu, limitando a passagem à Ponte Nova. O que antes já era uma realidade cotidiana de dificuldade de acesso dos moradores da Zona Norte às regiões centrais, se transformou em uma humilhação para a população.

Com a volta às aulas nas universidades, escolas e institutos federais, a situação caótica se agravou. A parada do circular da UFRN amanheceu lotada, com apenas dois ônibus rodando. O Reitor Daniel Diniz declarou o retorno às aulas na universidade depois do arrefecimento dos ataques, mas não fornece ônibus para o transporte da comunidade universitária. Além disso, os ônibus do interior não estão funcionando e as linhas municipais e metropolitanas funcionarão até às 19h e de forma reduzida.

“Eu passei mais de 1 hora de engarrafamento naquela ponte [do Igapó] e 1 hora esperando o ônibus e ainda estou no ônibus pra chegar no meu trabalho.” relatou uma estudante e trabalhadora terceirizada para o Esquerda Diário.

As últimas duas semanas foram marcadas pelos ataques das facções, contra prédios públicos, queimando ônibus, assim como uma resposta repressiva do governo Fatima junto a Flávio Dino e o governo Lula, prometendo endurecer a racista guerra às drogas, a PM e os presídios. O prefeito Álvaro Dias e a Seturn, assim como o governo Fátima e o Departamento de Estradas e Rodovias (DER), deixaram os trabalhadores à própria sorte, com cenas de trabalhadores cruzando a pé as pontes, pois não tiveram liberação do trabalho. No Esquerda Diário, recebemos denúncia de que a Teleperformance também não estava fornecendo transporte para seus trabalhadores. Uma situação revoltante.

Hoje a reitoria retornou às aulas sem qualquer possibilidade dos estudantes poderem ir até a UFRN, com cenas absurdas dos circulares superlotados. Em especial os estudantes da Zona Norte não tiveram como chegar até a UFRN. Mas também dos interiores e região metropolitana, que por responsabilidade de Fátima, seguem sem permitir com que a juventude e os trabalhadores cheguem até a capital.

Antes da suspensão de aulas vimos a força des estudantes em ato pelo reajuste de todas as bolsas, essa disposição de luta precisa se combinar com todo o ódio que sentimos de Álvaro Dias e da situação dos transportes. É necessário organizar pela base essa luta, para que os estudantes definam os próximos passos da batalha pela ampliação e aumento das bolsas, pois é só confiando na nossa força, e não na reitoria ou nos governos, que vamos poder arrancar. Por isso é necessário exigir ao DCE da UFRN, que reuniu mais com a reitoria do que se propôs a auto-organizar os estudantes, a convocar uma assembleia geral imediatamente.

Retomar a força que se expressou no ato pelas bolsas para também unificar os estudantes pela volta imediata das linhas e circulares parados, assim como das linhas cortadas na pandemia, recontratando os trabalhadores demitidos, exigindo abertura do livro de contas das empresas. Isso mostra que o transporte deve ser estatizado, sob gestão dos trabalhadores e controle dos usuários.

É necessário organizar a luta por uma saída dos trabalhadores contra a hipócrita guerra às drogas, que aqui no RN tem servido para Fátima Bezerra e Flávio Dino fortalecerem as forças repressivas, e enfrentar Álvaro Dias que humilha trabalhadores e estudantes e garantir nossos direitos, por um transporte 100% estatal sobre gestão dos rodoviários e controle popular. E pela permanência plena, com redução do preço do RU e gratuidade para todos que necessitam, aumento da quantidade e reajuste das bolsas, como parte da luta pela revogação dos cortes e do Novo Ensino Médio.




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