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Burguesia | Ambev, empresa que tem como donos sócios da Americanas, é acusada de rombo bilionário

Em reportagem divulgada pela revista Veja, a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja(CervBrasil), acusa a Ambev - gerida por Jorge Paulo Lehmann e outros sócios da 3G Capital que também administra as lojas Americanas, de um rombo fiscal de 30 bilhões.

Calvin de OliveiraEstudante de Geografia da UFF - Niterói

quarta-feira 1º de fevereiro de 2023 | Edição do dia
Foto: Reuters/Brasil 247

Como parte de um segundo escândalo fiscal envolvendo grandes empresas brasileiras, ações da Ambev caíram na bolsa de valores hoje e levantam suspeitas sobre os sócios da 3G Capital.

A CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), que representa produtores menores do que a Ambev, fez as acusações divulgadas pela revista Veja. Segundo um estudo feito pela consultoria AC Lacerda, a pedido da associação, a empresa tem um rombo de R$ 30 bilhões em manobras tributárias. A companhia teria inflacionado preços de componentes necessários à produção de refrigerante e que são passíveis de isenção e ganho de créditos fiscais na Zona Franca de Manaus.

Veja também: O caso das Americanas, a irracionalidade capitalista e a necessidade da construção do socialismo

Escândalos como esse não são uma exceção no capitalismo, enquanto os empresários impõem cada vez mais precárias condições de trabalho, tentam também encontrar manobras legais e fiscais para garantirem também maiores lucros.

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Suas riquezas são produzidas e mantidas dessa forma e por isso apoiam medidas como a reforma trabalhista, da previdência e o teto de gastos, além da retirada de uma série de regulações ambientais e legais para que tenham a maior “liberdade possível de lucrar”. Enquanto, a Americanas e seus sócios também da Ambev, podem requerer recuperação judicial para acalmar o “mercado”, as manobras são pagas pelos trabalhadores que sofrem com as demissões e perda de direitos.

Por isso, é imprescindível lutar contra o legado bolsonarista e golpista, sem anistia e pela revogação de todas as reformas, independente do governo Lula-Alckmin que colocou precisamente empresários como Lehmann em seu conselho de transição para educação. Somente com uma mobilização independente contra as condições do legado bolsonarista podemos levantar uma resposta à extrema direita e uma alternativa ao capitalismo.




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