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Cotas raciais | Após 10 anos negros e pardos passam de 41% para 52% dos estudantes das universidades federais

Nesta segunda-feira (29) fizeram dez anos da lei que garante vagas para negros e pardos nas universidades federais (Lei 12711\12). Uma conquista dos estudantes que se fez valer em 2012 em todo o país, mas que desde 2003 vale na UERJ pela luta iniciada lá. Uma reparação histórica que precisa ser defendida e avançar por muito mais, como a luta pelo fim do vestibular e garantia de vagas para todos que queiram estudar.

terça-feira 30 de agosto de 2022 | Edição do dia

Tomaz Silva\Agência Brasil

De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Universidades Federais (Andifes) e do Instituto Nacional de Estudos Educacionais (INEP) de 2010 até 2020 o número de estudantes negros e pardos passou de 41% para 52%, se considerados juntos os indígenas os números são de 42% para 53%. Uma conquista importantíssima que é preciso defender contra os ataques da extrema direita bolsonarista ou do MBL.

Bolsonaro e a extrema-direita querem atacar o direito às cotas, com Kim Kataguiri propondo um PL que retira o direito às cotas nas federais, e Fernando Holiday propondo PL que retira o direito às cotas no serviço público em SP. Defendem isso para aprofundar os ataques à educação com os cortes bilionários no MEC, e impedir a permanência e o ingresso das camadas populares, negras e indígenas nas universidades. Restringir o acesso às universidades federais tem sentido apenas para quem defende a universidade para poucos como Milton Ribeiro, ex ministro preso pelas propinas em ouro. Os profundos ataques contra a classe trabalhadora como a reforma trabalhista e da previdência dentre outros ataques se ligam aos cortes bilionários na educação, que, de conjunto, servem para descarregar a crise capitalista sobre as costas da classe trabalhadora e oferece para a juventude trabalhadora uma perspectiva de futuro de trabalho precário, uberizado e até a morte.

Para defender as cotas, que foram uma conquista do movimento estudantil e do movimento negro, contra a extrema-direita e enfrentar o bolsonarismo, é preciso unificar estudantes e trabalhadores, e colocar na ordem do dia que as cotas sejam proporcionais à população negra, assim como travar uma batalha contra o filtro social e racial do vestibular e do ENEM, sem confiar na conciliação de Lula e o PT, que se aliam com Alckmin um inimigo conhecido da educação, da juventude e dos educadores.

É necessário exigir que a UNE, a CUT e a CTB, organizem e unifiquem estudantes e trabalhadores para derrotar Bolsonaro, o bolsonarismo e correntes como o MBL nas ruas lutando pela universidade pública controlada pelos trabalhadores e estudantes com livre acesso para todos, e também para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.




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