Após 5 dias de greve, com paralisações parciais impostas arbitrariamente pelo TST, os aeronautas decidiram em assembleia por encerrar a greve e aceitaram proposta de acordo realizada pelas companhias aéreas.
segunda-feira 26 de dezembro de 2022 | Edição do dia
Segundo informações do Sindicato Nacional dos Aeronautas, participaram da votação online 5834 tripulantes, onde 70,11% votaram por aceitar a proposta de reajuste pelo INPC dos últimos 12 meses, mais 1% de ganho real, ou seja, 6,97% sobre as partes fixas e variáveis do salário; diárias de alimentação nacionais, vale alimentação.
Além disso, o acordo prevê a renovação na íntegra das demais cláusulas sociais, definição dos horários de folgas e a possibilidade de início das férias em sábados, domingos e feriados, que também eram parte das reivindicações da categoria.
Mesmo com restrições arbitrárias da justiça, isso não impediu a categoria de se manter por 5 dias realizando paralisações parciais, das 6h às 8h, mostrando disposição de luta. Os aeronautas fazem parte de um serviço essencial que não parou durante toda a pandemia, onde sofreram ataques e exigiam agora a justa reposição salarial, além de outros direitos.
As companhias aéreas não pararam de lucrar na pandemia, agora que voltaram a ter aviões cheios como antes, e também lucrando ainda mais, principalmente devido ao preço das passagens, que subiram acima da inflação em 2022, e pelo aumento do preço do petróleo.
O Esquerda Diário esteve cobrindo a greve dos aeronautas e demonstrando solidariedade ativa através do Movimento Nossa Classe e a Juventude Faísca.
Essa mobilização mostra o caminho e disposição de luta dos trabalhadores para combater os ataques patronais, que no governo Bolsonaro apenas se aprofundaram. E aponta a necessidade de seguirmos organizados pelos nossos direitos de forma independente do novo governo eleito, exigindo a revogação integral de todas as reformas contra a nossa classe.
