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Greves em MG | Assembleias de educadores municipais de BH e estaduais votam continuidade das greves

Esta quarta-feira (6) foi mais um dia de luta dos trabalhadores da educação em Minas Gerais. Os trabalhadores da educação municipal de Belo Horizonte e os educadores do estado de Minas Gerais fizeram fortes assembleias para discutir a continuidade das greves.

quinta-feira 7 de abril de 2022 | Edição do dia

Trabalhadores da educação estadual em assembleia na ALMG.

Na parte da manhã ocorreu a assembleia dos trabalhadores da educação de Belo Horizonte. Já na parte da tarde, os educadores do estado de Minas Gerais também fizeram sua assembleia. Em ambas, trabalhadores e trabalhadoras votaram a continuidade das greves contra a intransigência dos governantes.

Greve da educação de Belo Horizonte

Após a saída de Kalil da prefeitura municipal para se candidatar às eleições de outubro, o governo do município segue intransigente às demandas dos trabalhadores da educação em greve.

Os educadores de Belo Horizonte estão em greve desde o dia 16 de março lutando pelo reajuste salarial de acordo com o Piso Nacional da Educação. A categoria está desde antes da pandemia sem reajuste. A prefeitura argumenta que não tem capacidade de pagar o piso, entretanto esse é um direito dos trabalhadores da educação que inclusive tem verba destinada para o garantir o pagamento.

Durante esse período de greve, as trabalhadoras e os trabalhadores já sofreram com ataques, difamações e repressão, tanto da prefeitura de Kalil, quanto da mídia, que defendem os interesses dos grandes empresários, em detrimento do direito dos educadores.

Na assembleia desta quarta-feira, os educadores votaram a continuidade da greve em Belo Horizonte, para continuar lutando por seus direitos, contra a prefeitura que segue a política de Kalil.

Veja também: Jornal Super Notícia ataca a luta dos trabalhadores da educação de Belo Horizonte

Trabalhadores da educação de Belo Horizonte em assembleia. Foto: SindREDE

Greve da educação do estado:

Após ser aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o Projeto de Lei que prevê o reajuste salarial, Zema vetou as emendas que garantiriam o reajuste à educação com base no Piso Nacional.

No PL, com o veto às emendas, todos os servidores terão um reajuste de 10,06%, o que ataca o direito dos trabalhadores da educação de receber o Piso Salarial Nacional.

As educadoras e educadores de Minas Gerais estão em greve desde o dia 9 de março pelo pagamento do piso salarial e contra o Regime de Recuperação Fiscal de Romeu Zema.

A assembleia dos estaduais ocorreu na parte da tarde desta quarta-feira, e contou com milhares de trabalhadores de todo o estado. Foi votado de maneira unânime a continuidade da greve.

No marco de uma grande crise, com o aumento do preço dos produtos devido à enorme inflação, depois de mais de 5 anos sem reajuste nos salários, os educadores de Minas Gerais sofrem com o arrocho salarial. A luta, tanto dos trabalhadores de Belo Horizonte quanto dos trabalhadores do estado, é a luta de toda a comunidade escolar e de toda a população. O desmonte da educação e a precarização dos serviços é um projeto desses governos para conseguir, em meio à crise, garantir o lucro dos empresários e dos banqueiros.

Zema utiliza da desculpa de que não tem dinheiro e de que é preciso respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal para não pagar os trabalhadores. Esses argumentos são falsos, visto que o Piso Nacional é um direito dos trabalhadores da educação, tendo verba para garantir seu pagamento. Além disso, a lei do Piso Nacional da Educação está acima da LRF. Ou seja, os governantes utilizam desses argumentos somente para atacar os trabalhadores e a educação para garantir o interesse dos empresários.

Isso é escancarado quando Zema isenta R$1 bilhão em IPVA dos grandes empresários, sendo o seu amigo Salim Mattar, dono da empresa de aluguéis de carro Localiza, o maior beneficiado, enquanto nega o reajuste no salário de uma categoria tão importante quanto os educadores.

Justamente por conta dessa intransigência de Zema no estado é muito importante a intensificação da nossa mobilização, fortalecendo os comandos de greve e as manifestações de rua. Assim como buscar a unificação da greve estadual contra zema, com a greve da rede municipal, contra Kalil/Fuad.

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