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Povo Indígenas | Áudios revelam ameaça de pistoleiros ao povo Pataxó que levou ao assassinato de jovem indígena de 14 anos na Bahia

Em áudio, um pistoleiro ameaça povo Pataxó no Território Índigena Comexatibá, no município de Prado, na Bahia. No áudio, ele diz “vamos descer com nosso arrastão e colocar só de fuzil no peito desses índios.” Logo após o vazamento do áudio no último dia 4, pistoleiros armados atacaram o território da área de retomada, assassinando um adolescente de 14 anos com um tiro na cabeça e vitimando outro de 16 anos, que está internado.

segunda-feira 5 de setembro de 2022 | Edição do dia

Segundo informações da APIB, os pistoleiros chegaram ao local com armas de calibre 12, 32, fuzil, ponto 40 e bomba de gás lacrimogêneo e dispararam contra jovens, crianças e mulheres. Isso ocorreu algumas semanas depois do último ataque reacionário de pistoleiros e fazendeiros aos indígenas na Barra Velha-BA. Também de acordo com a APIB, os pistoleiros teriam ligações com a extrema direita bolsonarista, bem como com fazendeiros e latifundiários que vêm promovendo o massacre dos Pataxós nessa e em áreas vizinhas da região no extremo sul do estado, que contam com áreas de agropecuária extensiva e monocultura, como a de eucalipto.

Desde a retomada em julho deste ano, que ocorreu pacificamente e em detrimento da negligência do Governo de Rui Costa (PT) em avançar com a demarcação de terras tradicionais no estado, lideranças indígenas vem denunciando esses ataques, mas sem qualquer providência por parte do Governo e de outros órgãos responsáveis. Neste último ocorrido, familiares e parentes da comunidade Pataxó protestaram bloqueando a estrada em direção à cidade de Corumbau. É preciso cercar de solidariedade e nos colocar lado a lado na luta com o povo Pataxó!

O genocídio em curso dos povos indígenas no país e a não demarcação das terras é também de responsabilidade do Governo Bolsonaro. Durante o terceiro ano de seu mandato, 176 indígenas foram assassinados. Além disso, no início deste ano, o presidente comemorou afirmando que em seu governo terras indígenas não foram demarcadas. Assim como o STF permite que esses territórios sejam atacados e ameaçados em favor do agronegócio e dos grandes proprietários, além do Governo do PT de Rui Costa na Bahia que também é responsável por essa situação. É urgente que as centrais sindicais rompam com a paralisia e sua agenda eleitoreira e organizem um plano de lutas em defesa dos territórios e da demarcação já, se enfrente com o agronegócio e os ataques e que se coloque ao lado da luta indígena, unificando trabalhadores e povos originários, estes últimos que no ano passado nos inspiraram e demonstraram um fortíssimo exemplo na batalha contra o Marco Temporal, Bolsonaro e as instituições reacionárias do regime do golpe.




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