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Demissões | Bilionário Zuckerberg demite 11 mil trabalhadores, após queda nos lucros da Meta

Na manhã de hoje, 09/11, o noticiário Metrópoles divulgou a informação de que, em reunião com executivos da empresa Meta, Mark Zuckerberg demitiu 11 mil funcionários. Isso significa que serão membros de 11 mil famílias diferentes jogados no desemprego e com maiores dificuldades para alimentar suas bocas e a de suas famílias.

quarta-feira 9 de novembro de 2022 | Edição do dia

O bilionário Mark Zuckerberg, um da gama de parasitas tidos como heróis da tecnologia, disse assumir responsabilidade sobre as vítimas dessa ação criminosa, e, de toda a bondade de seu coração empático, ainda comentou que lamenta pelas lágrimas daqueles que, de um dia para o outro, ficaram sem emprego devido a seu “erro”, como o próprio alegou. De fato, um homem de bons sentimentos e boa índole! O opressor, no fim das contas, é o “coitadinho” e assim temos uma verdadeira inversão de valores.

Por um lado, sr. Zuckerberg, o senhor está certo e é culpado por isso. Por outro, porém, está incorreto, visto que o desemprego no capitalismo é estrutural e sistêmico: faz parte desse modus operandi de uma sociedade regida pelo mercado, e quando os capitalistas sentem falta no próprio bolso, quem paga a conta são os trabalhadores, jogados no submundo do desemprego e da informalidade. Segundo a agência Reuters, as ações da Meta perderam dois terços de seu valor e a empresa planeja cortar mais “gastos” e estender o congelamento de contratações até o primeiro trimestre. Lembrando que parte desses “gastos”, muito provavelmente, são os próprios funcionários, isto é, mais milhares de trabalhadores correm o risco de também de serem demitidos, sem razões esclarecidas.

No terceiro trimestre, os lucros da Meta caíram em 52%, em comparação com o mesmo período em 2021. O aumento da concorrência e a queda acentuada na publicidade digital, sua principal fonte de renda, são fatores que explicam as dificuldades financeiras. Outras gigantes do mercado, como o Twitter do multibilionário Elon Musk, também enfrentam obstáculos. A mídia social controlada pelo dono da Tesla e da SpaceX demitiu metade de seus 7,5 mil funcionários, afetando também o escritório brasileiro.

Nosso primeiro desafio é construir uma força independente, com um programa operário e socialista. Nossos camaradas do Bread And Roses US trabalham nesse sentido, fortalecendo as principais batalhas da classe trabalhadora desde uma perspectiva revolucionária, apoiando a Geração U (que significa "Union", em português, "sindicatos") e os novos sindicatos que surgem do aumento da precarização, num contexto de pandemia e BLM, principalmente organizações sindicais do ramo tecnológico. Essa gigante corporação, que atua em diversas empresas do ramo em centenas de países, apenas reforça a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores; só essa união pode golpear esses bilionários sedentos por lucros. Lênin já falava da criação desses monopólios, tão característicos da época imperialista do capitalismo. Devemos combater esses parasitas ao redor do globo, dos EUA e Brasil à China, do Atlântico ao Pacífico. É necessário a expropriação dos monopólios da tecnologia sob controle dos trabalhadores e gestão da sociedade. Só assim será possível colocar todos os avanços tecnológicos desenvolvidos a serviço de todos. A classe trabalhadora é quem pode, em unidade com a juventude e os setores oprimidos, oferecer uma saída para essa crise e impor que a crise paguem os capitalistas. Que a luta contra as demissões da Meta abalem o centro do capitalismo global e a principal potência imperialista dos novos tempos!




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