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Contra o golpe! | Bloqueios e protestos continuam no Peru sob forte repressão que já ceifou 60 vidas

Manifestantes de diferentes regiões chegaram em Lima nos últimos dias. Às 16h no horário local (19h horário de Brasília), organizações sociais, políticas e sindicais começaram a marchar no centro de Lima, e em outras cidades do país, exigindo a renúncia da presidente golpista e assassina, o fechamento do congresso, a convocação de uma Assembleia Constituinte e a convocação de eleições gerais antecipadas.

terça-feira 24 de janeiro de 2023 | Edição do dia

Confira imagens da mobilização:

Os bloqueios, piquetes e marchas seguem em diferentes regiões do país há mais de duas semanas. A Superintendência de Transporte Terrestre de Pessoas, Cargas e Mercadorias (Sutran) informou que mais de uma dezena de regiões do Peru são afetadas por pelo menos 74 pontos de rodovias interrompidas, que incluem 18 estradas nacionais. Na região amazónica de Madre de Dios, fontes locais explicaram à EFE que começaram a faltar produtos como combustível, gás, vegetais e frutas devido aos bloqueios. Nas manifestações também se exige que não fiquem impunes as mais de sessenta mortes decorrentes da repressão aos protestos, e o fim da criminalização dos protestos.

"Rejeitamos qualquer ato de violência (...) Quem está gerando o caos e a destruição são pessoas infiltradas pelo Governo", disse o secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru (CGTP), Gerónimo López. Em seguida, acrescentou que “não é possível que uma ditadura continue, onde não há democracia, não há paz”, lembrando que o principal protesto é para que Boluarte “se afaste”. Também denunciaram as prisões arbitrárias e o que chamam de terruqueo”, aludindo ao fato de acusarem os manifestantes de “terroristas”. Na coletiva de imprensa também expressaram sua solidariedade à Universidade Nacional Mayor de San Marcos (UNMSM), onde a polícia entrou violentamente neste sábado e despejou e deteve mais de 200 pessoas que chegaram de diferentes partes do país.

A repressão brutal que vem ocorrendo no Peru só tem gerado um nível crescente de mobilização. A crise no Peru começou em 7 de dezembro após a destituição do então presidente Pedro Castillo, que foi preso. Desde o início das mobilizações contra o governo golpista, a única resposta tem sido a repressão e a morte, que já deixou mais de 60 mortos.

Leia mais sobre: França e Peru mostram o caminho contra a extrema direita e as reformas reacionárias na luta de classes




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