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Entrevista no Pânico | Bolsonaro diz que não há fome no país, enquanto 61,3 milhões estão na insegurança alimentar

No direitista e asqueroso programa “Pânico” da Jovem Pan, Bolsonaro se sentia em casa para vomitar coisas como “você vê gente pedindo pão na padaria? Não vê!”. Enquanto isso, 61,3 milhões estão em situação de insegurança alimentar, em meio ao desemprego e a inflação.

Rosa Linh Estudante de Ciências Sociais na UnB

sábado 27 de agosto de 2022 | Edição do dia

Veja o vídeo da fala asquerosa de Bolsonaro:

Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em julho, 61,3 milhões (três em cada dez) brasileiros passam por insegurança alimentar, ou seja, estão com algum nível de falta de acesso a alimentos em quantidade e qualidade adequadas para a sua saúde. A inflação brasileira, principalmente nos itens básicos de alimentação, está nas alturas, chegando ao ponto de redes de supermercado venderem restos de queijo, soro de leite e ossos em suas prateleiras.

Bolsonaro afirma isso por um lado justificando que está combatendo a fome e a pobreza com os insuficientes e eleitoreiros R$ 600 do Auxílio Brasil, enquanto ataca o MST, os povos indígenas e quilombolas, exaltando sua base reacionária do agronegócio. O projeto de país de Bolsonaro é destruir o meio ambiente, gerar lucros recordes para os grandes latifundiários, enquanto a classe trabalhadora amargura na fome e no desemprego, dando migalhas para a população.

Por outro lado, no primeiro dia da propaganda eleitoral gratuita no rádio, neste sábado (27), o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, falou sobre o avanço da fome. Seu programa citou o litro do leite mais caro que a gasolina e disse que, nos governo do petista, o brasileiro podia fazer um "churrasquinho". Assim como Alberto Fernandes na Argentina, quando em sua campanha eleitoral afirmou que em seu governo iriam voltar os “churrascos”, Lula logo se verá no espelho de Alberto - um reformismo sem reformas, espremido pelo imperialismo e a sede de lucros dos capitalistas e as enormes esperanças geradas nas massas operárias de outro. E assim como Alberto, a conciliação entre "capital e trabalho", como afirmavam as cartas pela "democracia", sempre são à favor do capital - abrindo mais espaço para a direita e extrema-direita.

A situação econômica internacional impedirá que Lula faça qualquer concessão real diante da miséria das massas. Além disso, a entrevista no Jornal Nacional, dizendo “perguntem ao agronegócio um presidente que fez mais para eles do que eu”, enquanto abraçava Alckmin de corpo e alma, demonstra que seu compromisso é salvar o regime do golpe e os lucros capitalistas, mantendo todas as reformas intactas, nunca tocar na raiz do problema.

Pelo contrário, para combater a fome, é preciso uma saída radical, a conciliação de classes é impossível, é necessário ir para o enfrentamento como disse Jorge Grespan, professor da USP, no último Esquerda em Debate. É preciso atacar os lucros recordes do agronegócio e das multinacionais alimentícias, promovendo uma reforma agrária radical com a expropriação dos latifúndios e nacionalização das terras brasileiras, assim como a estatização das principais multinacionais alimentícias sob controle operário. Essas são algumas das ideias que os candidatos do MRT estão defendendo nessas eleições pelo Polo Socialista e Revolucionário, para derrotar a extrema-direita na luta de classes, sem patrões e a direita, mas na luta de classes.




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