Bolsonaro foi intimado pela PF para depor em inquérito que investiga vazamento de dados de um suposto ataque hacker no Tribunal Superior Eleitoral em 2018. O presidente da República teria utilizado o conteúdo do inquérito para gerar desconfiança sem provas a segurança das urnas eletrônicas em 4 de agosto.
terça-feira 14 de dezembro de 2021 | Edição do dia
O TSE solicitou ao ministro do STF Alexandre de Moraes a apuração que foi relacionada com o inquérito das fake news. Em 29 de julho Bolsonaro levantou suspeita sobre o voto eletrônico durante uma live, afirmando e repetindo que não possuía provas. Cinco dias depois realizou uma entrevista online com o deputado Felipe Barros (PSL-PR) que teve acesso ao material e divulgaram informações sigilosas do inquérito sobre ataque hacker no TSE. Barros já prestou depoimento e afirmou que teve acesso às informações sigilosas por meio da comissão do voto impresso em que ele era relator.
Pode lhe interessar: Bolsonaro diz que hackers desviaram 12 milhões de votos em 2018 mas afirma não ter provas
Na época da entrevista o TSE solicitou a Alexandre de Moraes abertura de inquérito que deu início a uma forte tensão entre STF e Bolsonaro que culminou no 7 de setembro em que Bolsonaro atacou diretamente Moraes e depois com mediação de Temer recuou. A trégua se manteve até o presente momento, porém Bolsonaro intimado voltou a fazer críticas ao STF para sua base dura.
No xadrez das disputas entre STF, Bolsonaro, Congresso ou governadores não há em quem confiar, pois a classe trabalhadora sai sempre prejudicada já que para nos atacar os poderes estão sempre unidos. É preciso confiar apenas nas nossas próprias forças e auto organização para lutar nas ruas contra Bolsonaro e Mourão e impor por meio da luta que os rumos do país estejam nas mãos do povo.
