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#Tira a mão da Federal | Bolsonaro é recebido em Pelotas com forte ato de estudantes contra os cortes na educação

Bolsonaro esteve em Pelotas (RS) nesta terça-feira (11) inaugurando um trecho da BR116, que pode ser parte do “bolsolão do asfalto”, e foi recepcionado pelos estudantes da Universidade Federal de Pelotas em ato contra os cortes bilionários na educação. Veja o vídeo no final desta matéria.

terça-feira 11 de outubro de 2022 | Edição do dia

Foto: reprodução DCE/UFPel

Após diversas manifestações em todo o país contra o confisco realizado pelo MEC nos recursos dos IFs e das Universidades Federais, o governo voltou parcialmente atrás nos cortes. Mas os estudantes não devem recuar, Bolsonaro foi recebido em Pelotas com um ato de rua em que estudantes gritavam: “tira a mão da federal!”. O bloqueio que já totaliza R$2,4 bilhões no orçamento do MEC foi revogado parcialmente, sem deixar claro qual valor será liberado e nada foi dito sobre o confisco anterior de quase R$ 1,4 bilhões.

Esta situação orçamentária se dá para que Bolsonaro garanta o apoio do Centrão e se combina também à Reforma Administrativa que Artur Lira já garantiu que quer aprovar ainda este ano e potencializa os efeitos devastadores da Lei do Teto de Gastos, que congelou os investimentos na saúde e educação que são cada dia mais afetados. A União Nacional de Estudantes anunciou o dia 18 como uma data de mobilização em resposta. Na internet e universidades, estudantes questionam a demora da data. É preciso organizar a luta já unificando estudantes e trabalhadores. O ato de Pelotas foi bastante marcado pelo cenário eleitoral, em que os estudantes chamaram também um cântico a favor de Lula, porém o próprio Lula não se comprometeu em revogar a reforma do Ensino Médio e nenhuma outra bem como nenhuma privatização, pelo contrário, junto com Alckmin se propõe a administrar o regime do golpe com tudo o que ele traz consigo.

A conciliação de classes alimentada pelo PT somente abriu espaço para a direita e a extrema direita, desmobilizando as lutas a partir das grandes centrais sindicais e das entidades estudantis. Pelo contrário, agora é preciso defender que o único caminho é o da luta de classes contra Bolsonaro e tudo o que essa extrema direita representa, como o ataque frontal às federais, que é necessário uma forte paralisação nacional, que não espere o dia 18, e seja construída pela base pela UNE, mas também pelos DCEs e CAs do país. Os estudantes precisam ser linha de frente junto aos trabalhadores contra os cortes, a Lei do Teto de Gastos, a Reforma do Ensino Médio, para construir uma luta que revogue também a Reforma Trabalhista e da Previdência, que Lula-Alckmin já garantiram que não vão tocar, assim como as privatizações.

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