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Brigadeiro da FAB desiste de renúncia antes da posse de Lula após indicação do direitista Múcio na Defesa

Os comandantes das Força Armadas do Brasil desistem de renunciar aos postos antes da posse do novo Presidente Lula (PT) e seu vice Alckmin (PSB) uma semana após a indicação de ministro da Defesa com trajetória reacionária e filiação ao PTB de Roberto Jefferson. Bolsonaro já se disse “apaixonado” por Múcio e em 2016 apoiou o golpe contra Dilma. Nomeação indica pacto com militares e extrema-direita.

sexta-feira 16 de dezembro de 2022 | Edição do dia

Essa espécie de “chantagem”se dá para preservar a influência do bonapartismo militar na política nacional frente ao novo governo e também assegurar as posições que conquistaram ocupando centenas de cargos no regime. A própria carta das Forças Armadas onde sinalizavam suposta autonomia do Ministro da Defesa mostra isso.

Essa situação já aponta grandes contradições no novo governo, que por um lado precisará lidar com uma base bolsonarista, ainda que desesperada e sem apoio mais amplo de massas, segue radicalizada nas ruas e na frente dos quartéis pedindo golpe, e com o bolsonarismo fortalecido no parlamento com inúmeros reacionários eleitos como Mourão, Damares, etc, apoiados em setores das milícias, do agronegócio e das Igrejas Evangélicas.

Em recente carta, esses mesmos comandantes das Forças Armadas consideram legítimas as manifestações, paralisações e atos golpistas da extrema-direita. O Ministro da Defesa do novo Governo, Múcio, defende política semelhante: “não fazer nada”. Essa é mais uma prova de que o governo Lula não veio para combater o bolsonarismo e a extrema-direita, e sim para negociar e pactuar com eles.

Daí a importância de mantermos a independência frente ao governo eleito. Apenas confiando nas nossas próprias forças, sem alianças com militares, golpistas e patrões, é que conseguiremos realmente derrotar o bolsonarismo. Como nós do Esquerda Diário viemos afirmando há tempos, não se combate a extrema-direita bolsonarista negociando com ela, pactuando com ela, se aliando com seus aliados. É necessário combater a extrema-direita e os ataques à população com a força da classe trabalhadora, confiando apenas em suas próprias potencialidades.




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