Nessa quinta-feira, em São Paulo, no Sintrajud, será realizada uma plenária aberta dos movimentos sociais para debater o que fazer diante das mobilizações golpistas. A plenária terá início às 18h30 dessa quinta-feira, 03/11, e terá como pauta única a “análise e encaminhamentos diante das mobilizações golpistas”.
quinta-feira 3 de novembro de 2022 | Edição do dia
Os bloqueios estão refluindo, muito em função das ações de trabalhadores, população e torcidas organizadas, mas os atos de ontem foram expressivos. Nesse sentido, uma central sindical como a Conlutas convocar um espaço assim se torna importante.
Desde segunda-feira estão havendo bloqueios de rodovias organizados por setores da patronal e do agronegócio, com o intuito de deslegitimar o resultado eleitoral e exigir intervenção militar. O foco tem sido o sul e sudeste, com destaque para Santa Catarina, mas agora estão com menos de 100 bloqueios. Ao mesmo tempo, o feriado de Finados mostrou força do bolsonarismo e do golpismo, com atos de milhares exigindo intervenção militar.
É preciso responder essa mobilização golpista com a força da classe trabalhadora auto-organizada e de forma independente do governo eleito. As centrais sindicais e movimentos sociais, ao invés de confiarem na polícia e na justiça como estão fazendo o PT e o PSOL, deveriam confiar na força dos trabalhadores organizados para enfrentar esses setores proto-fascistas e golpistas. A CUT e a CTB deveriam estar convocando ações nesse sentido também, afim de erguer a classe trabalhadora contra essa ofensiva golpista.
As torcidas, trabalhadores e população mostraram o caminho ao enxotar a turba verde e amarela das rodovias. Agora é preciso se organizar para enfrentá-los com a nossa força, conectando a luta contra o golpismo à luta em defesa das demandas mais sentidas pelos trabalhadores e à população, à luta pela revogação de todas as reformas e contra o desemprego e a carestia de vida.
