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Precarização | Com mais precarização e sobrecarga, terceirizada da Unicamp morre de mal súbito

Em um cenário de demissões em massa, de assédio moral por parte da chefia, perda de direitos básicos, comida com bicho e acidentes de trabalho nos bandejões da Unicamp, uma trabalhadora terceirizada, Cleide Aparecida Lopes, de 57 anos, morreu de mal súbito durante o expediente de ontem no restaurante da Unicamp de Limeira. A reitoria de Tom Zé segue eximindo-se de qualquer responsabilidade em relação à situação dos restaurantes terceirizados e à empresa Soluções. Toda solidariedade à família e amigos de Cleide!

Juliana Begiatoestudante de Ciências Sociais da UNICAMP

terça-feira 27 de setembro de 2022 | Edição do dia

Ontem (26), no expediente noturno do restaurante do campus da Unicamp de Limeira, uma trabalhadora terceirizada, Cleide Aparecida Lopes, teve um mal súbito que a levou a óbito dentro do restaurante. As denúncias de assédio moral por parte representantes da empresa Soluções, terceirizada responsável pelos serviços dos restaurantes da Unicamp, com as trabalhadoras terceirizadas vêm sendo frequentes ultimamente. Cleide é uma vítima das más condições de trabalho, sobrecarga, assédio que a empresa Soluções faz com suas trabalhadoras e que a reitoria de Tom Zé fecha os olhos e não presta nenhum tipo de apoio, se diz ainda ‘tolerante’ com a nova empresa.

Nos últimos meses, a Unicamp demitiu mais de 300 trabalhadoras terceirizadas dos restaurantes da universidade, em meio à crise e ao Brasil de Bolsonaro, ao trocar a licitação e contratar a empresa Soluções, que tem denúncias de comida estragada nos presídios do Rio de Janeiro. Depois da posse da Soluções, os direitos das trabalhadoras recontratadas e das novas trabalhadoras foram perdidos, como creche, fretado, VR, além de que a empresa atrasa o pagamento do VT e mantém freelancers no bandejão que sequer podem comer a comida que produzem. Além disso, os estudantes sentem a precarização da qualidade da comida, com casos de larva, caracol na comida, vidro e barbante.

Veja mais: Trabalhadoras terceirizadas denunciam condições de trabalho nos bandejões da Unicamp

No último período, o Comitê de Defesa das Trabalhadoras Terceirizadas veio se mobilizando com exigências aos direitos das trabalhadoras terceirizadas e pela efetivação de todas, sem necessidade de concurso público. Os estudantes fizeram uma série de pula catracas em manifestação, além de atos em resposta a casos de racismo por parte de professores da instituição.

Cleide é mais uma vítima da terceirização, que atinge as mulheres negras, do assédio da empresa sobre os trabalhadores e do descaso da reitoria de Tom Zé. Nós do Esquerda Diário e da Juventude Faísca Revolucionária prestamos todo apoio à família e aos amigos de Cleide. Precisamos seguir nos mobilizando, com estudantes ao lado dos trabalhadores, para arrancar o direito de todas as trabalhadoras assim como a efetivação sem concurso. Cleide Presente!




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