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Eleições 2022 | Com um programa anti-operário e pró-empresários, Romeu Zema (NOVO) declara apoio a Bolsonaro

Romeu Zema, governador reeleito em MG, reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada nesta terça-feira (4) e declarou seu apoio ao candidato da extrema direita para seguir descarregando a crise sobre os trabalhadores de MG enquanto concede isenções bilionárias e aumenta sua fortuna.

terça-feira 4 de outubro de 2022 | Edição do dia

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O Partido Novo, que é bastante velho e conservador na política, cresceu em base a propaganda e o discurso antipetista e anticorrupção. Porém, levou a frente um governo anti trabalhadores seguindo a cartilha neoliberal do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), beneficiando as mineradoras responsáveis pelos maiores crimes ambientais dos últimos tempos, os latifundiários (com uma política idêntica a de Bolsonaro, de fazer vistas grossas para as queimadas) e empresários como Salim Mattar, um dos bilionários que foi contemplado com isenções fiscais.

Zema, que já é um milionário, ficou 60 milhões de reais mais rico em 4 anos governando para os interesses da sua classe. Uma professora levaria 2127 anos para acumular essa fortuna se não gastasse nada do seu salário. Zema reprimiu professoras em greve e não pagou o piso salarial da educação, autorizou a privatização do metrô de BH junto com Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte que posou de adversário nessas eleições com André Quintão do PT como candidato a vice-governador.

A privatização do Metrô de BH está bastante avançada, com leilão marcado para dia 22 de dezembro já. Os metroviários, que vêm lutando há anos contra a precarização e demissões nos transportes, reuniram-se novamente em assembleia nesta sexta-feira (30) e decidiram paralisar o metrô dias 5 e 6 de outubro, quarta e quinta desta semana, para protestar contra a privatização. Manifestamos todo o nosso apoio e a nossa defesa de um metrô 100% público, estatal e sob gestão dos trabalhadores e usuários.

Não surpreende Zema declarar apoio a Bolsonaro. Isso apenas reafirma o caráter reacionário do velho Partido Novo. Zema ter vencido no primeiro turno é uma demonstração também do fracasso do PT, que optou por uma aliança com o empresário Alexandre Kalil do PSD (que governava com Zema como prefeito de BH). Essas eleições mostraram que essa estratégia de alianças com os patrões e com a direita é incapaz de derrotar e sequer enfraquecer a extrema direita. Contra o bolsonarismo reacionário, o caminho não é se aliar com a direita igualmente inimiga das trabalhadoras e trabalhadores, o caminho é unir nossa classe e os setores oprimidos em torno de um programa para que os capitalistas paguem pela crise, construindo a força social capaz de enterrar a extrema-direita.




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