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CONSELHO UNIVERSITÁRIO USP | Conselho Universitário da USP homenageia Dias Toffoli mostrando acordo com as reformas da previdência e trabalhista e o autoritarismo do judiciário

terça-feira 29 de junho de 2021 | Edição do dia

Como proposta da Congregação da Faculdade de Direito da USP, o Conselho Universitário da USP aprovou – com pouco mais da metade dos votos – homenagear com uma medalha o Ministro do STF Dias Toffoli.

A reitoria da USP que propagandeou sua posição em defesa da democracia contra os arroubos autoritários de Bolsonaro deixou claro que no que se refere aos ataques aos trabalhadores está em unidade com o reacionário presidente, os militares e todo o Congresso.

Em 2019, Dias Toffoli foi o articulador de uma grande aliança do regime político para a aprovação da Reforma da Previdência que obriga o povo a trabalhar até morrer. Em reunião com Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e os ministros Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes e o general Augusto Heleno, Toffoli apresentou um documento com 5 pontos para o pacto: as reformas previdenciária e tributária, a revisão do pacto federativo, a desburocratização da administração pública e o aprimoramento de uma política nacional de segurança pública. Além de acelerar a votação da privatização da Petrobras.

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Movimentações que foram fundamentais para a aprovação da reforma da previdência e que deixaram o caminho aberto para a aprovação da reforma administrativa que ataca os serviços públicos – como saúde e educação – e os trabalhadores do funcionalismo.

É certo que o Conselho Universitário é um órgão antidemocrático que não representa os trabalhadores e estudantes. Assim esta votação não causa espanto, apenas deixa evidente a posição da reitoria desta universidade em avançar nos ataques aos trabalhadores. Ao mesmo tempo, aponta a necessidade de construir uma forte aliança entre o movimento estudantil e dos trabalhadores que se contraponha aos ataques à educação e pesquisa públicas, aos direitos dos trabalhadores ao mesmo tempo em que se choque com a estrutura de poder medieval e antidemocrática da universidade.

É preciso lutar por uma universidade realmente democrática onde cada membro da comunidade acadêmica tenha direito ao voto e se expresse num fórum unificado, como uma Assembleia Geral Estatuinte, no qual seja decidido todos os grandes temas que envolvam a USP.




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