Na última assembleia geral dos estudantes da Universidade de São Paulo, foi encaminhado e votada uma nova paralisação para o dia 27/10 além de uma série de iniciativas como um ato no mesmo dia na Avenida Paulista para que os estudantes saiam às ruas contra Bolsonaro, os cortes na educação e por permanência na universidade.
segunda-feira 24 de outubro de 2022 | Edição do dia
IMAGEM: Isaac Fontana/Estadão Conteúdo
Na última quinta-feira (20/10), aconteceu a assembleia geral de estudantes da USP, no marco de um forte dia de mobilização nacional no dia 18, onde estudantes em diversas cidades do país apontaram o caminho para se derrotar a extrema-direita e defender os seus direitos e reivindicações, frente ao corte anunciado no orçamento da educação, cujo recuo foi parcialmente dado após mobilizações nas universidades federais.
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A assembleia também se deu no marco de uma intensa precarização da própria universidade que vem pagando por um duro preço com os parâmetros de sustentabilidade aprovados no governo Alckmin no estado em 2017 que congelava contratações de funcionários e professores, acarretando situações graves em diversos cursos que podem correr o risco de acabar por falta de professores, como os cursos de Design da FAUD, na Fofito e também na pedagogia de Ribeirão Preto. Todos cursos que tiveram mobilizações contra essa situação desde uma greve na FAUD no último período, assim como uma ocupação que vem se sucedendo em Ribeirão por conta das contratações e contra o sucateamento do curso de pedagogia.
Frente a isso, foi proposto e aprovado um calendário de lutas na Universidade de São Paulo, tendo como um novo dia de paralisação e um ato unificado às 17 horas na Avenida Paulista no dia 27/10, cujos os cursos deverão pautar sua adesão e construção do mesmo a partir de assembleias nesta semana. Por isso, é fundamental que essas assembleias de curso sejam organizadas e fortemente construídas pelos Centros Acadêmicos a fim do conjunto dos estudantes demonstrarem novamente um grande exemplo de luta,tal qual foi o dia 18 pois só através dessa via que poderemos derrotar o Bolsonarismo, a extrema direita e todo o seu projeto de conjunto que descarrega a crise nas costas dos trabalhadores e da juventude e avançar na luta frente a precarização ensino seja na USP, seja nacionalmente.
Na assembleia também foi deliberada uma exigência à UNE para que seja construído um plano de lutas que dê continuidade a mobilização do dia 18 e para que os estudantes sigam enfrentando os cortes na Educação e Bolsonaro com a força da nossa luta!
