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Elizabeth II / Abolir a monarquia com a luta dos trabalhadores! | Das mãos da representante do imperialismo britânico escorre sangue de 96 anos de privilégios

A monarca liderou o reinado mais longo do imperialismo britânico por sete décadas. Agora seu filho mais velho, Charles, a sucederá.

sexta-feira 9 de setembro de 2022 | Edição do dia

Ontem as redes sociais de personalidades brasileiras e políticos nacionais estavam repletas de mensagens de solidariedade à família real, lamentando a morte da Rainha da Inglaterra. Lula fez um tweet bizarro que expressa muito bem sua política de submissão ao imperialismo europeu, lembremos dos crimes contra a humanidade cometidos pelo exército brasileiro sob Lula a serviço do imperialismo no Haiti. Lembramos hoje que os privilégios que tem essa casta medieval são uma afronta para a classe trabalhadora que vende seus suor para dar um teto e comida na barriga para seus filhos. Cabe aos trabalhadores a tarefa histórica de varrer a monarquia do mapa, o que só pode ser realizado ao confiar somente na força auto-organizada dos trabalhadores em aliança com a juventude, mulheres, negros, LGBTQIAP+s, indígenas, e todos outros setores oprimidos, colocando um plano de lutas na rua que aponte para um governo de trabalhadores em ruptura com capitalismo.

A rainha da Inglaterra cumpriu um papel central no regime imperialista britânico, estabilizando o estado, mediando o plano político, e nada mais ilustrativo do que a rainha empossando os Primeiros Ministros. Os documentos de identidade e passaportes no Reino Unido são emitidos em nome da Rainha do UK, logo ela simplesmente não precisa de documentos para viajar ou dirigir, afinal ela permite que o resto da população circule porque ela precisaria de documentos.

Entrando nos bizarros privilégios da rainha, que agora serão herdados pelo agora rei Charles III, filho de Elizabeth, que passa a ser dono de todos os cisnes dentro do território nacional. Mais louco ainda é que todo ano é realizada uma contagem para saber quantos cisnes o monarca possui. Mas porque isso é importante? Na prática talvez não seja o mais louco privilégio, mas representa aberração: o rei ou a rainha, tem poder absoluto sobre seus súditos, afinal ele é o soberano da nação. Todos ali dentro são de sua propriedade. O reino é sua propriedade (literalmente além do gigante subsídio que coroa britânica recebe do estado, ela é a proprietária das terras da nação, uma propriedade mista, estatal e privada. Sem falar nos negócios, investimentos e empreendimentos). Desde 1265 a coroa acumula anualmente por volta de 24 milhões de euros só com receitas de propriedades imobiliárias. Neste ponto, melhor não fazer a soma, ou sim. Porque sua própria existência, preservada pelo Estado capitalista, é uma zombaria desavergonhada de quem vive apenas do seu salário. Com a morte da Rainha está sendo implementado um bilionário protocolo para a morte da Monarca. Enquanto isso os trabalhadores do UK sofrem uma inflação que supera os 10% e deve chegar a 18% ao ano, isso vem provocando fortes greves como vimos nos ferroviários neste ano (link).

Frente a tantas afrontas, cabe aos trabalhadores tomar as rédeas da história e varrer os parasitas da sociedade do mapa. Neste 08/09 morreu uma sanguinária, responsável pessoalmente por milhares de massacres, atrocidades contra crianças e mulheres, fome, doenças, guerras, exploração brutal dos trabalhadores, precarização das condições de vida, golpes em estados nacionais subdesenvolvidos, entre tantas outras tragédias. O marxismo revolucionário não pode ficar preso a moralismos, quando cai um opressor devemos comemorar, estes que vivem da exploração de uma classe sobre outra, os parasitas de nossa sociedade que impedem que tomemos o céu de assalto e construamos uma vida que valha a pena ser vivida. Mas para além disso é necessário refletir que é mais uma monarca a morrer de "velhice". Até quando nossos opressores continuarão a viver até o final de suas vidas cheias de privilégios e morrer sem enfrentar a justiça dos oprimidos? Cabe a nós revolucionários denunciar essa farsa do conto de fadas que a mídia burguesa pinta pra sanguinária Rainha, como se um ente que vive da exploração pudesse de alguma forma ser aliado da luta contra o imperialismo. Apontemos para um plano de lutas imposto pela auto organização dos trabalhadores e setores oprimidos em aliança, tomando nossas ferramentas de luta em nossas mãos e a serviço de nossa classe, contra as burocracias parasitárias, implementando um governo de trabalhadores em ruptura com o capitalismo.




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