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Meio Ambiente | Desmatamento no Brasil passa de 8 mil km² pelo terceiro ano consecutivo sob governo Bolsonaro

Neste ano de 2022 o desmatamento chegou a 8 mil km², sendo desses, 1486 km² apenas no mês de julho. Isso ocorre em um marco de ataques às terras indígenas e avanço dos garimpeiros ilegais e dos grandes latifundiários, aliados de Bolsonaro.

sexta-feira 12 de agosto de 2022 | Edição do dia

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Em 2022 a Amazônia foi desmatada em 8.590 km², segundo o INPE, Instituto de Pesquisas Espaciais. O avanço do agronegócio na Amazônia já atinge pelo terceiro ano consecutivo a marca de 8 mil km², no marco de ataques ao povos indígenas em meio ao governo de Bolsonaro.

Bolsonaro apoia e é financiado por pecuaristas, avançando na retirada de direitos indígenas e se colocando contra a demarcação de terras como vimos recentemente com o Marco Temporal, evidenciando também o caráter bonapartista do STF. Há uma grande vontade, por parte dos grandes empresários, de se apropriar da região Amazônica. Em abril foi votada na Câmara dos Deputados um projeto de lei que libera a mineração em terras indígenas, o que avançaria sobre mais de 200 áreas de preservação. Isso evidencia que essa política de extrema direita passa por cima de tudo e de todos em busca do lucro.

A região Amazônica tem um índice de violência 38% acima da média do restante do país, fruto da expansão do garimpo ilegal e do agronegócio. Dom e Bruno foram assassinados nessa região da chamada Amazônia Legal, que possui 13 das 30 cidades mais violentas do país. É impossível desvincular esses índices da política Bolsonarista, que disse abertamente que em seu governo “não vai ter um centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola”. Várias outras vezes durante seu governo, Bolsonaro declarou seu apoio ao agronegócio, dizendo que se houver mais terras demarcadas ou de reserva na Amazônia “acabou a economia brasileira do agronegócio! Acabou nossa garantia alimentar, acabou o Brasil!”.

Os governos do PT também abriram espaço para essa política de extrema-direita se instaurar, ao não avançar em uma reforma agrária e se aliar também ao agronegócio. Agora Lula se alia a banqueiros e setores da burguesia para assumir a presidência, como Alckmin, Fiesp e Febraban, que cinicamente se colocam em defesa da democracia ao assinar as “cartas em defesa da democracia”, sendo eles os mesmos setores que apoiaram o golpe institucional de 2016. Esses setores foram parte da construção do regime do golpe, e não têm interesse nenhum em revogar todas as reformas que se deram durante esse período, assim como os grandes latifundiários. A conciliação de classes é incapaz de derrotar esses ataques à classe trabalhadora e aos povos indígenas. É necessário confiar nas forças da classe trabalhadora organizada para fazer frente ao desmatamento da Amazônia e a crescente violência contra os povos originários.




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