A justiça de Minas Gerais, atendendo aos pedidos de Zema e de grandes mineradoras, suspendeu ontem (13) a reunião do Conselho (Conep), que se reuniria para referendar a proteção provisória da Serra do Curral. A decisão foi do juiz Rogério Santos Abreu. Essa decisão a favor da Tamisa foi tomada apenas 8 minutos depois do pedido da mineradora. Veja declaração de Flavia Valle:
sexta-feira 15 de julho de 2022 | Edição do dia
“Bastaram 8 minutos para justiça de MG favorecer a Tamisa e Zema, contra a Serra do Curral. Mais uma mostra de como o Estado é um verdadeiro balcão de negócios dos ricos e poderosos e conta com o judiciário para favorecer os lucros de grandes empresários. E são os trabalhadores e o povo quem paga por isso! É inacreditável que um juiz que recebe altos salários e que não é eleito por ninguém defina em 8 minutos a favor de mais um passo para a destruição da Serra do Curral.
E não será confiando na aliança do PT com a direita e Kalil em Minas Gerais que vamos derrotar esses grandes empreendimentos capitalistas contra nossas vidas e a favor dos lucros. Kalil, que hoje faz demagogia em defesa da Serra, em seus anos de gestão em BH nada fez a favor da recuperação ambiental da área destruída pela Vale na Serra do Curral e manteve licitações favoráveis à Cowan (empresa que é a maior acionista da Tamisa) em obras da PBH mesmo após o terrível desabamento do Viaduto Guararapes na capital em 2014 em que até hoje ninguém foi punido.
É urgente que as centrais sindicais como a CUT rompam sua agenda eleitoral e unifiquem trabalhadores e a população em defesa da Serra, chamando um plano de lutas e paralisações de trabalhadores junto a ambientalistas e de movimentos sociais contra a mineração na Serra do Curral e contra os ataques de Zema! Basta de mineração predatória e de destruição socioambiental: pela estatização das empresas da mineração sob gestão de trabalhadores e controle popular.”
