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EUA: United Airlines planeja despedir 36.000 trabalhadores

A empresa aérea apresenta como desculpa a queda nos voos registrada para os próximos meses devido a pandemia, apesar dos milionários apoios fiscais.

segunda-feira 13 de julho de 2020 | Edição do dia

Essas demissões representam 45% do pessoal total da empresa e seria a primeira demissão massiva por parte de uma empresa dessa categoria nos Estados Unidos, porém, há um mês a United Airlines já havia despedido a 2.700 trabalhadores.

Espera-se que as demissões afetem a "uns 15 mil auxiliares de voo, 11 mil de atenção ao viajante e controle de acessos, 5.500 de manutenção e 2.250 pilotos".

No fim de março, o governo de Donald Trump aprovou a destinação de 500 mil milhões em empréstimos para empresas como as de aviação, de hotéis e cruzeiros, o dobro do dinheiro destinado para apoios a pessoas afetadas pelo desemprego.

São várias as empresas de aviação que em diferentes países começou a aplicar demissões deixando a milhares de trabalhadores e suas famílias sem nenhum tipo de renda durante a quarentena. Este é o caso da Latam que fez mais de 4 mil demissões na Argentina, Chile, Equador, Estados Unidos, México e Uruguai, isso depois de impor uma redução salarial de 50% a grande parte de seu pessoal.

Também é a situação da Interjet, que quando recém começava a pandemia no México, aplicou uma redução salarial de 50% a seus trabalhadores com ajuda da CTM. São várias as empresas aéreas que declararam quebra técnica ou em bancarrota para não cumprir suas responsabilidades com seus trabalhadores, porém chama a atenção que quando tem altos lucros isso não se reflete em melhorias salariais.

Além das empresas aéreas, também ameaça de demissões um gigante da indústria de construção de aviões. A européia Airbus planeja despedir a 15.000 empregados, de suas plantas da França e Alemanha. Os trabalhadores dessa empresas começaram a organizar protestos contra as demissões.

Durante anos essas companhias têm tido grandes lucros, porém, diante da crise coletivizaram as perdas, mas os trabalhadores da United Airlines, Latam, Interjet e todas as demais empresas que demitem a seus trabalhadores para seguir acumulando milhões em suas contas bancárias, nãoprovocaram essa crise e não têm que pagá-la.




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