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Racismo | Eddy Jr. é chamado de “macaco” e ameaçado de morte por vizinhos racistas em São Paulo

O humorista Eddy Jr. publicou um vídeo nas suas redes sociais sendo vítima de ataques racistas e ameaçado de morte por vizinhos. Vídeos anteriores gravados pela câmera do prédio mostram os vizinhos com facas e garrafas na porta do apartamento do artista. Os ataques já duram há meses.

quinta-feira 20 de outubro de 2022 | Edição do dia

Nesta semana, o humorista Eddy Jr. publicou um vídeo nas suas redes sociais no qual é vítima de ataques racistas e ameaçado de morte por uma vizinha. As imagens mostram o artista sendo impedido de entrar no elevador do seu prédio e xingado de “macaco”, “bandido”, “imundo”, entre outras ofensas racistas. Em seguida, quando ele entra no seu apartamento, os ataques seguem no corredor com a vizinha e o seu filho racistas acusando Eddy Jr. de roubo e o ameaçando de morte.

Veja o vídeo aqui:

Em entrevista, após a repercussão do caso, Eddy Jr. afirmou que se mudou temporariamente do apartamento e que os ataques começaram em abril deste ano, um mês após se mudar para o condomínio na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. As câmeras de segurança do prédio mostram imagens chocantes de pelo menos dois outros episódios em que a vizinha e o filho foram na porta do apartamento do humorista com facas e garrafas, ameaçando-o.

A publicação do vídeo de Eddy Jr. ocorreu no mesmo dia em que o artista Seu Jorge também foi à mídia para falar sobre os ataques racistas durante um show em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, afirmando que “vamos vencer essa guerra” contra o racismo.

Pode te interessar: “Vamos vencer essa guerra” diz seu Jorge em vídeo sobre racismo sofrido em Porto Alegre

Esses ataques racistas são alimentados pela política de Bolsonaro e da extrema-direita que ganha cada vez mais espaço no regime político brasileiro. É enorme e amplamente conhecida a coleção de discursos de Jair Bolsonaro com conteúdos racistas, bem como seu apoio às chacinas e operações policiais nas periferias, os ataques às cotas, medidas que reafirmam seu ódio contra os negros. Durante os seus quatro anos de governo, essa política contou com a conivência e aval de diversas instituições do regime, como o judiciário e os militares. Por isso, é fundamental um enfrentamento que ocorra com a organização e unificação dos negros, mulheres, indígenas, LGBTs com os trabalhadores para enfrentar a extrema-direita nas ruas. O Esquerda Diário se solidariza com Eddy Jr: racistas não passarão!




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