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Educação RS | Eduardo Leite mente ao dizer que a reposição é de 32% na educação

A proposta de reposição salarial criada por Eduardo Leite (PSDB) é abaixo da inflação para o período em que os salários ficaram congelados e deixa funcionários de escola e aposentados fora do cálculo. O governador mente ao dizer que serão 32%, pois em média serão 22% de reposição pela proposta. Ao mesmo tempo sonegadores bilionários seguem ilesos e recebendo ainda bilhões em isenções de impostos.

segunda-feira 13 de dezembro de 2021 | Edição do dia

Foto: CPERS Sindicato

Os educadores e educadoras seguem pagando a conta da crise não atingindo o mesmo poder de compra de 2014 quando tiveram a última reposição. O governo do RS faz propaganda por estar repondo muito menos do que tirou dos professores e funcionários de escola para “colocar as contas do estado em dia” sem tocar em nenhum centavo dos ricos sonegadores e nas isenções bilionárias. As perdas reais do congelamento dos salários desde 2015 somam 47,82%, se levar em consideração o piso nacional do magistério, que os educadores gaúchos nunca receberam o cálculo passa de 102%.

Há uma divisão clara entre professores e funcionários na proposta ridícula de Leite. Funcionários de escola, sem os quais as escolas não funcionam, ainda mais na pandemia, foram simplesmente ignorados por Leite que pretende manter seus salários congelados. 30.933 mil professores aposentados que dedicaram a vida para a educação e cumpriram um papel importante na vida de gerações de estudantes também não terão reajuste algum.

O que impressiona é a cara de pau do governador Eduardo Leite que conta com a falta de memória dos educadores e educadoras, pois o dinheiro para poder pagar esse aumento saiu justamente dos próprios professores e funcionários de escola, servidores de outras categorias e dos serviços públicos em geral, pois o Estado passou a gastar menos com a reforma administrativa e da previdência e com o fim do plano de carreira. Ao mesmo tempo ganhou receita com a venda de estatais para manter o acordo da dívida com a União. Mas as educadoras e educadores do estado tem memória e sabem o quanto os grandes empresários seguiram sonegando bilhões e recebendo isenções também bilionárias, enquanto os servidores e servidoras da educação perderam direitos e salário. Ou seja, quem vai pagar esse aumento, que é abaixo do mínimo para dignidade, são os próprios professores (e a comunidade que sofrerá com os serviços privatizados e precários).

O aumento não é de 32% como quer fazer parecer a propaganda do governo e de veículos da mídia Burguesa. Isso é para inglês ver. O aumento é, em média, de 22%. Não tem aumento para muitos e tem aumento inferior a isso para a maioria. Leite segue governando para os ricos, fazendo os servidores pagar a conta da crise enquanto grandes empresários nadam em rios de dinheiro.

É preciso uma forte mobilização de todos os servidores e de outras categorias, junto com a juventude, para que os ricos paguem pela crise e não os trabalhadores. Para isso no entanto, as trabalhadoras e trabalhadores da educação precisarão se auto organizar com assembleias em cada escola para que possam superar suas próprias direções sindicais exigindo mobilização de verdade e pela base da direção central do CPERS (PT/PCdoB) que entregou o plano de carreira num acordo pelas costas da categoria junto com o MDB em janeiro de 2020, direção que apostou em manobras jurídicas e parlamentares ao invés de apostar na força da luta das professoras e professores, funcionárias e funcionários de escola.

Dito isso, nós do Esquerda Diário e do Movimento Nossa Classe Educação queremos reforçar o chamado ao ato nessa terça-feira (14) as 9h em frente ao Palácio Piratini para gritarmos juntos: Que os capitalistas paguem pela crise!




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