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Violência Policial | “Estamos pedindo paz”, diz moradora de Mãe Luiza em protesto contra a violência policial

Ontem, moradores da comunidade de Mãe Luiza fecharam a rodovia na Via Costeira em manifestação contra a violência policial recorrente contra a população, e também contra a morte de um jovem pelas mãos da polícia, como noticiado pela 96FM.

Emilly VitoriaEstudante de ciências sociais na UFRN e Militante da Faísca Revolucionária

domingo 15 de janeiro de 2023 | Edição do dia

Os moradores declararam aos meios de comunicação que a polícia invade deliberadamente as casas dos moradores, agredindo idosos e crianças, além das constantes ações policiais que reprimem brutalmente a comunidade e afetam a vida das pessoas que ali moram. Uma das moradoras no protesto relatou que estavam participando do ato "porque estamos pedindo paz para a comunidade" e que "todo mundo aqui já está traumatizado".

A violência policial é uma marca do Brasil. O Rio Grande do Norte é um dos estados com mais incidência de assassinato de pessoas negras pela polícia, de acordo com estudo do Instituto Sou da Paz, em 2020 o RN esteve junto com o Ceará em primeiro lugar deste trágico fato. Este também foi o ano em que Geovane Gabriel foi assassinado pela PM de Fátima Bezerra, um jovem de 18 anos que ia de bicicleta visitar sua namorada.

Nós do Esquerda Diário nos solidarizamos com os moradores da comunidade Mãe Luiza, amigos e familiares do jovem recentemente assassinado. Para arrancar justiça, é necessário organizar a luta independente do governo e que os sindicatos e entidades estudantis cerquem de solidariedade organizando a luta desde as bases. No dia 25 está convocada uma greve de entregadores no Brasil, uma categoria majoritariamente negra, de jovens trabalhadores que carregam comida nas costas enquanto passam fome, em uma precariedade que é consagrada pelo mesmo Estado cujo braço armado assassina a juventude negra, é necessário unificar as lutas contra a violência policial e a precarização da vida.

Sendo assim, para se enfrentar contra o racismo e contra a repressão policial, é urgente batalhar pelo fim da polícia que existe apenas para defender os interesses da classe dominante que no Brasil é diretamente herdeira da escravidão, vinculada com a luta contra o sistema capitalista cuja origem se entrelaça indiscutivelmente com a criação do racismo, usado para explorar ainda mais a vida da classe trabalhadora.

Confira também a fala de Érika, militante da Faísca Revolucionária e estudante de ciências sociais da UFRN no ato contra a agressão racista sofrida pela Flávia Carvalho em dezembro do ano passado:




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