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Secundaristas | Estudantes da Escola Estadual Helena Guerra em Contagem protestam contra superlotação de sala

Alunos do segundo ano do ensino médio são amontoados em uma única sala de aula com 60 estudantes na escola em Contagem (MG), enfrentando a inevitável aglomeração em tempos de pandemia, calor desumano e sem mesas pra apoiar seus materiais durante as aulas.

sábado 12 de março de 2022 | Edição do dia

O turno da tarde da Escola Estadual Helena Guerra, no município de Contagem (MG), tem uma sala de aula com cerca de 60 estudantes matriculados no segundo ano do Ensino Médio. Desde o começo do ano letivo foi oferecida somente uma turma de segundo ano para essa escola no turno da tarde.

Essa situação impõe que a turma exceda em 50% a capacidade máxima permitida nos termos legais, que é de 40 alunos por sala. Esse limite que já é um número muito alto até mesmo para situações normais, pré pandemia.

Além disso, os jovens relatam que a primeira sala oferecida para eles não tem capacidade nem para 40 pessoas. Com essa situação, relatam que estão sofrendo com a inevitável aglomeração, o calor desumano e muitas dificuldades para o acompanhamento das aulas dadas por seus professores. Transferidos para para o auditório da escola, penam com o fato de sequer terem mesas para apoiar os cadernos.

A direção da escola alega que já solicitou à Secretaria de Educação a abertura de uma nova turma na escola, mas a Superintendência Regional de Ensino da Metropolitana B não respondeu. A direção da escola havia dado um prazo até 23 de fevereiro para que isso fosse solucionado, o que não aconteceu. Depois deram um novo prazo para 7 de março, mas novamente não houve nenhuma resposta.

Com essa situação de descaso, os próprios estudantes se organizaram e realizaram um protesto dentro da escola no dia 3 de março, relatando a situação da superlotação da aglomeração em tempos de pandemia, o calor desumano, e de que nessa situação é impossível ouvir os professores, inviabilizando as aulas.

Os jovens disseram que a Inspeção Escolar só respondeu ao longo do protesto que se eles seguissem fora da sala em protesto os professores seriam penalizados tendo a hora aula descontada por não terem prestado esse serviço aos alunos. A situação segue sem solução até hoje e os estudantes cobram uma resposta. Um verdadeiro descaso com a educação pública e com a democracia dentro das escolas!

Essa situação é consequência da precarização do ensino que Romeu Zema (NOVO) já impõe aos estudantes, professores e toda a comunidade escolar. E se soma à precarização do ensino com o Novo Ensino Médio nos primeiros anos nas escolas de Minas Gerais.

Medidas que aprofundam a precarização da educação junto ao não pagamento do legal e totalmente legítimo piso salarial aos professores e pela tentativa de aprovação do Regime de Recuperação Fiscal, que busca congelar salários, impedir contratações e promover privatizações, atacando todos os servidores e a maioria da população que depende dos serviços públicos da educação e saúde.




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