Nesta segunda-feira (2/8), tivemos o início do Simpósio "Trótski em Permanência", o qual contará com eventos durante toda a semana, com uma mesa que abordou alguns debates feitos pelo dirigente revolucionário Leon Trótski sobre a Arte.
segunda-feira 2 de agosto de 2021 | Edição do dia
(Foto: Reprodução)
Falaram no encontro a pesquisadora formada em filosofia pela USP, Mariana Luppi, cuja pesquisa aborda o romance "O Tacão de Ferro" do escritor socialista estadunidense, Jack London, e as impressões que Trótski teve sobre a obra, as quais englobam a de que o romancista teria "previsto" a devastação do fascismo quando leva-se a diante políticas reformistas.
Contamos também com a participação do Felipe Araujo que adentrou na obra fundamental "Literatura e Revolução", destacando a importância das liberdades, em especial as artísticas, para consolidação de uma sensibilidade potencialmente revolucionária.
O terceiro a falar foi o Michael Löwy, teórico e militante do SU (secretariado unificado), tendo como foco o encontro entre Trótski e Breton cujo produto resultou no cada vez mais atual "Manifesto da F.I.A.R.I." ou "Manifesto por uma Arte Livre e Independente". Löwy resgatou em sua fala, dentro outras coisas, a admiração nutrida por Breton que teria resultado na declaração de que em algum momento o mundo iria perceber a importância das ideias pelas quais Trótski deu sua vida.
Por fim, a pesquisadora Silvia Miskulin apresentou um pouco sua pesquisa que conta como foi a publicação e recepção do "Manifesto da F.I.A.R.I." em Cuba e a posterior censura às artes tutelada pelo Partido Comunista stalinizado.
Um segundo simpósio temático ocorre ainda hoje, às 14h, e, às 19h, será realizada a conferência de abertura oficial do evento, com o mote "Da Comuna a Trótski" e a participação do prof. Dr. Antonio Rago Filho (PUC-SP) e Frank García Hernández, organizador do I Encontro Internacional Leon Trótski, feito em Havana, Cuba, em 2019, editor do blog Comunistas e preso político das manifestas de 11 de julho na ilha.
