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GREVE NA UERJ | Faculdade de direito da UERJ em reunião extraordinária decide pelo retorno das aulas

sexta-feira 11 de agosto de 2017 | Edição do dia

Faculdade de direito da UERJ em reunião extraordinária decide pelo retorno das aulas.

O conselho departamental da Faculdade de Direito da UERJ se reuniu nesta quinta-feira para reafirmar a posição de não adesão a greve. A decisão, que será defendida pelos conselheiros e a direção no fórum dos diretores que ocorrerá na segunda-feira 14/07, desrespeita as categorias que determinaram por uma greve dos três setores na universidade.

Embora a reitoria tenha se posicionado contra a posição da faculdade, o Reitor tem mantido a política de não confrontar a direção da unidade se utilizando do discurso de que a universidade estará aberta e as direções possuem autonomia para decidirem iniciarem ou não as aulas.

A posição da Reitoria atualmente é decidir pelo adiamento das aulas através do fórum de diretores. Desta forma não se responsabiliza com os alunos cotistas, com os bolsistas e os trabalhadores que estão sem receber e segue sem uma posição consequente contra o Governo do Estado e seu plano de sucateamento da universidade. Isso só demonstra que a reitoria não está ao nosso lado na luta em defesa da UERJ, já que o Projeto de Universidade que esta defende permite que cada unidade decida se terá ou não aula mesmo com funcionários sem salário, estudantes sem bolsas, passando por cima do direito à greve das categorias e este, definitivamente, não é o mesmo projeto de universidade que defendemos.

A direção da faculdade de Direito através de um discurso autoritário e desrespeitoso as categorias que estão em greve argumenta que política se faz resistindo e que cada professor do direito pode resistir. Isso é possível pois a maioria do corpo docente do Direito não depende apenas do salário de docente, já que possuem altos salários por fora no judiciário. Todo esse discurso de resistência esconde a política consciente de expulsar os negros, cotistas e bolsistas do curso que estão sendo obrigados a trancar suas matrículas por falta de permanência estudantil.

A direção ainda disse que não mudará a posição sobre a volta às aulas no próximo fórum de diretores e dessa forma buscará estratégias para que os cursos que não quiserem aderir a greve, como as engenharias e a medicina, possam ter um calendário específico e assim iniciarem suas aulas.
Por um outro lado a atitude autoritária da faculdade de Direito da UERJ de passar por cima da decisão de greve das categorias e até mesmo da decisão do fórum dos diretores reforça o plano de mudança do curso do campus para o antigo palácio da justiça do Rio de Janeiro. Uma proposta que já vem sem sendo construída há anos e que busca esconder grandes interesses do Tribunal de Justiça como a privatização e a falta de autonomia e liberdade na produção do ensino.

Nós da Faísca estamos construindo uma campanha nacional em apoio a greve da UERJ e exigimos que a reitoria da UERJ se posicione diante da decisão da faculdade de direito aos docentes, aos técnicos e aos discentes que se encontram em greve. Chamamos a toda comunidade acadêmica para se colocar contrária a essa decisão tomada pela Faculdade de Direito e a construir conosco a campanha A EDUCAÇÃO VALE MAIS QUE O LUCRO DELES.




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