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Extrema Direita | Fuga aos EUA? GSI confirma, Bolsonaro nega

Desde ontem os noticiários divulgaram a ida de Bolsonaro para Miami nesse final de ano e sua provável ausência para a posse de Lula dia 1°. No diário oficial, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) confirmou a viagem, porém Bolsonaro nega despedida.

quinta-feira 29 de dezembro de 2022 | Edição do dia

Nessa quarta feira (28/12), o GSI publicou no Diário Oficial da União a designação da segundo sargento Aline Amâncio de Oliveira para "acompanhamento de familiar" do atual presidente Jair Bolsonaro para Miami. A viagem ocorreria ontem, e teria a previsão de retorno para hoje quinta feira (29/12). Aline é agente de segurança pessoal da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI.

A publicação aumentou ainda mais as especulações sobre a provável ausência de Bolsonaro na posse de Lula dia 1° para a entrega da faixa presidencial. Considerado por muitos analistas o último ato antidemocrático do presidente em seu mandato.

Combinado a isso, a PF (Polícia Federal) aprovou, no inquérito que investiga a participação do presidente em incitação ao crime durante a pandemia, um relatório que confirma a responsabilidade de Bolsonaro quando esse disse que a vacina contra a Covid-19 poderia causar a transmissão do vírus da AIDS. O relatório foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes e, apesar da pena ser de 3 a 6 meses de detenção, poderia resultar numa prisão do atual presidente nos próximos dias.

Logicamente, todos os cálculos dessas possíveis ações são políticas. Segue bastante em aberto o cenário político para o dia 1° da posse de Lula. Bolsonaro em declarações dadas para a CNN negou a reunião de despedida em Brasília com aliados, e também negou qualquer viagem a Miami. "Reunião de despedida? Fake. Também não viajo amanhã. Fake.", disse Bolsonaro na tarde da última terça feira dia 27/12.

Entretanto, o fato é que a participação do presidente em eventos oficiais se reduziu praticamente a zero desde a derrota eleitoral. E muitos consideram que a participação dele na entrega da faixa presidencial, numa semana que já ocorreu tentativas de ações golpistas ao aeroporto internacional de Brasília e ataques de vandalismo à sede da PF, seria uma demonstração importante de derrota para a sua base aliada, que segue organizada em frente aos quartéis.

Diante desse cenário conturbado, a linha do novo governo de frente ampla para o próximo dia 1°, como viemos publicando no Portal Esquerda Diário, é a de fomentar as ilusões institucionais. Enquanto, as mesmas permitem a atuação do próprio Bolsonarismo, que tenta se fortalecer com ações e ameaças golpistas. As centrais sindicais seguem passivas, organizando apenas caravanas para celebrar uma espécie de festa em Brasília no dia 1º, enquanto as ameaças golpistas se elevam, e a própria frente ampla liderada por Lula, com anúncio de seu novo ministério, já promete novos ataques à classe trabalhadora e a manutenção das reformas trabalhista e da previdência.

É extremamente urgente a necessidade de um plano de luta organizado na base de cada categoria, que unifique a classe trabalhadora contra contra qualquer ameaça golpista do bolsonarismo, contra os ataques patronais e exigindo a revogação integral de todas as reformas contra a nossa classe, e que aposte na mobilização através dos métodos da classe operária como a principal forma de derrotar a extrema direita.

Fonte:
G1
Carta Capital




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