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Bolsonaro | Generais indicam 25 nomes para cargos na transição para o governo Bolsonaro

Generais que atuaram na campanha de Bolsonaro agora cobram a fatura e querem controlar áreas como Educação, Saúde e Meio Ambiente.

terça-feira 30 de outubro de 2018 | Edição do dia

Um grupo de generais conhecido como "grupo de Brasília", considerado um dos pilares da campanha que elegeu Jair Bolsonaro como presidente, enviou uma lista de indicações para cargos que inclui 25 nomes e a intenção de coordenar a transição do governo Temer para o governo Bolsonaro em áreas fundamentais como educação, saúde, justiça, meio ambiente e defesa.

O grupo é chefiado pelo general Augusto Heleno, o mesmo que foi o responsável pela caótica invasão ao Haiti em 2006, e pelo general Oswaldo Ferreira, o mesmo que disse com saudosismo que "no meu tempo não tinha Ministério Público ou Ibama para encher o saco", e inclui generais, brigadeiros e outros oficiais das forças armadas.

Esse grupo quer agora um tenente-coronel dos bombeiros, Paulo Roberto, seja o responsável pela transição na área da educação e quer um outro coronel dos bombeiros, Luiz Blumm, na liderança da transição nas áreas de saúde e defesa, com grandes chances de esses militares serem efetivados como ministros quando Bolsonaro tomar posse. Entre os nomes indicados, o chamado núcleo militar quer controlar nada menos que metade dos cargos disponíveis na equipe de transição, anunciando o desejo de um governo onde os militares serão protagonistas, ocupando as principais áreas e trazendo com isso todo o ideário reacionário que permeia a maior parte das forças armadas. Estão também os nomes do professor universitário Paulo Coutinho, para a área de ciência e tecnologia; do diretor do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) Alexandre Ywata, para Meio Ambiente.

Com essas indicações, o chamado núcleo militar quer controlar nada menos que metade dos cargos disponíveis na equipe de transição, anunciando o desejo de um governo onde os militares serão protagonistas, ocupando as principais áreas e trazendo com isso todo o ideário reacionário que permeia a maior parte das forças armadas.

Notícias como essa deixam claro qual será o caráter do futuro governo Bolsonaro, um governo que irá, como ele mesmo afirmou, varrer os vermelhos e todos que não aceitarem seu governo ultra-direitista e reacionário. Para enfrentar essa ameaça, a estratégia eleitoreira e de conciliação de classes do PT foi completamente impotente e será ainda mais agora. É preciso exigir que a CUT e a CTB a saiam de seu imobilismo criminoso para organizarmos milhares de comitês de luta e auto-defesa contra Bolsonaro e toda a corja reacionária que se abriga nas asas de seu grande líder.




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