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Eleições 2022 | Golpista em 2016 e lava-jatista, Sérgio Moro é eleito para senador

A peça chave da operação lava-jato que prendeu Lula arbitrariamente e que foi protagonista do golpe institucional de 2016, Sérgio Moro (União Brasil), foi eleito para senador pelo Paraná.

Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB

segunda-feira 3 de outubro de 2022 | Edição do dia

Sérgio Moro é eleito como senador do Paraná. O candidato da União Brasil, de Tebet, defenderá uma agenda de ataques aos trabalhadores e mais oprimidos seguindo seus passos golpistas de 2016. Moro é um dos responsáveis pela concretização do avanço dos ataques neoliberais contra a classe trabalhadora que se deu com o golpe institucional de 2016 - no qual Bolsonaro depois ascende ao poder como fruto indesejado - e da prisão arbitrária de Lula.

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Moro foi ministro da Justiça de Bolsonaro, fez vista grossa aos inúmeros casos de escândalos de corrupção envolvendo Bolsonaro, sua família e milicianos, depois que saiu do cargo tentou demagogicamente se localizar contra Bolsonaro.

Enquanto ministro, Moro aprovou seu "pacote anti crimes", que na verdade, veio para aprofundar o caráter racista e autoritário do estado brasileiro contra a população. As medidas restringem o direito de defesa de acusados, ampliou e agravou penas, muitos crimes se tornaram hediondos, deu um salto na vigilância estatal, autoriza a gravação de presos e também o pagamento de honorários pela corporação policial para os policiais que assassinam.

Na tentativa de emplacar enquanto “terceira via” flertou sistematicamente com a base da extrema-direita bolsonarista, inclusive tendo várias declarações machistas e LGBTQIAP+fóbias, defendendo a lei anti-aborto e a imunidade das dívidas das Igrejas, etc. O juiz milionário eleito por ninguém - ele recebeu mais 2,5 milhões de reais após a lava-jato -, foi treinado na operação Mãos Limpas da Itália, e desenvolveu a lava-jato cumprindo um papel chave no golpe de 2016, um golpe contra a classe trabalhadora, na qual sentimos cotidianamente os impactos como com as reformas e privatização. Ele também foi defensor árduo da reforma da previdência.

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A violenta "reflexão" de Sérgio Moro sobre feminismo

Não podemos esquecer que Moro e a Lava Jato se fortaleceram como atores políticos - não votados - devido o apoio de instituições desse regime político podre como STF e o Congresso Nacional. Sem contar com o grande apoio da mídia, como a Rede Globo, Forças Armadas, bem como a FIESP e seus patos, e a Bovespa. Todos exigiam o golpe para aprofundar os ataques aos trabalhadores e seguirem lucrando.

O Esquerda Diário vem apurando as eleições. Reafirmamos, como sempre dissemos, a necessidade de derrotar a direita e extrema-direita na luta de classes, sem nenhuma aliança com a direita e os patrões como Lula e o PT tentam insistir, com um programa para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

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