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Estados Unidos | Greve de trabalhadores da Amazon no principal centro aéreo da Califórnia

Trabalhadores do centro aéreo da Amazon em San Bernardino, Califórnia, de onde partem os aviões da empresa com embarques para todo o país, entraram em greve na segunda-feira. Eles exigem aumentos salariais e melhorias na segurança, denunciando temperaturas "sufocantes" dentro das instalações.

quarta-feira 17 de agosto de 2022 | Edição do dia

O centro de San Bernardino é a maior instalação aérea da Amazon no Estado da Califórnia, de onde saem os aviões da empresa com embarques para todo o país. Cerca de 1.500 trabalhadores e trabalhadoras trabalham nesses armazéns. Alguns deles entraram em greve nesta segunda-feira exigindo aumento de salários e melhores condições de trabalho.

A ação foi coordenada por um grupo de funcionários que está se organizando sob o nome Inland Empire Amazon Workers United.

Em sua conta oficial de rede social no Twitter, eles postaram: "Nós somos o Inland Empire Amazon Workers United! Somos as pessoas que trabalham no armazém KSBD, o centro de carga aérea da @Amazon em #SanBernardino, CA. Estamos nos organizando para: 1) um aumento salarial de 5 dólares a hora, 2) melhores condições de saúde e segurança, 3) fim das retaliações por parte da empresa".

As e os trabalhadores estão exigindo que a Amazon aumente o salário base por hora de trabalho dos atuais 17 dólares para 22 dólares.

Mais de 900 funcionários assinaram uma petição exigindo aumentos salariais, de acordo com o Warehouse Worker Resource Center (Centro de Recursos para Trabalhadores do Armazém), uma organização sem fins lucrativos que ajuda a organizar os trabalhadores no Inland Empire, uma região localizada a leste de Los Angeles.

O grupo também expressou preocupação com o calor "sufocante". Houveram 24 dias no mês passado em que as temperaturas atingiram 35 graus Celsius ou mais no aeroporto de San Bernardino e a situação dentro dos armazéns ficou insuportável. Uma reclamação semelhante foi feita na semana passada pelos trabalhadores de distribuição e logística da empresa que mostraram como as temperaturas estavam tão altas dentro dos caminhões que tornava impossível trabalhar por muito tempo dentro deles sem sofrer consequências.

Na segunda-feira, foram cerca de 150 trabalhadores que efetivamente realizaram a ação, representando a reivindicação de toda a força de trabalho.

Os trabalhadores da Amazon em San Bernardino ganham força para reivindicar suas demandas após a vitória histórica dos trabalhadores da Amazon em Nova York que conquistaram o primeiro sindicato da empresa no país este ano. Esse impulso está se espalhando em outros lugares, tanto em protestos específicos sobre as condições de trabalho quanto na tentativa de organizar seu próprio sindicato.

No Inland Empire, os trabalhadores também têm a capacidade de bloquear um grande centro de distribuição da empresa. De fato, a Amazon é a maior empregadora do setor privado naquela região.

O impulso que ganhou a onda de sindicalização no país, que ultrapassa a Amazon e inclui redes como Starbucks e outros fast food, soma-se às lutas de enfermeiros, professores e outros setores privados. Muitos deles foram considerados “essenciais” durante a pandemia e tiveram que continuar trabalhando sem condições de segurança ou bônus extras ou licença médica remunerada. Eles estão agora nas ruas e se recusam a continuar trabalhando nessas condições.




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