Segundo denúncia, o Hospital Miguel Arraes de Paulista, região metropolitana de Recife, não está obedecendo o direito de paralisação das enfermeiras, obrigando-as a voltar ao trabalho.
quarta-feira 21 de setembro de 2022 | Edição do dia
Em meio à paralisação nacional da enfermagem pelo pagamento do piso salarial, um direito arrancado na luta e arbitrariamente retirado pelo STF, a equipe do Esquerda Diário recebeu uma denúncia de que a Coordenação de Enfermagem do Hospital Miguel Arraes de Paulista está coagindo as trabalhadoras a voltarem ao serviço.
A deliberação das e dos trabalhadores era a paralisação de 50% da Urgência, Emergência, Bloco Cirúrgico, UTI e SAMU, e 100% do ambulatório, diarista, PSF, UBS e Cirurgia eletivas como consta na imagem publicada pelo sindicato. A paralisação é de 24 horas. No entanto, a diretora de Enfermagem está obrigando as enfermeiras a trabalharem em 100% do contingente e turnos, em ambos níveis de urgência.
A responsabilidade dessa coação também é dos governos de Yves Ribeiro (MDB) e Paulo Câmara (PSB) e sua política de sucateamento da saúde pública, sobrecarga de trabalho em benefício dos lucros privados. Isso mostra o medo da força dessa categoria, que está fazendo uma grande mobilização nacional, na qual em Recife reuniu milhares de enfermeiras hoje.
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Diante da crise sanitária e do verdadeiro genocídio promovido por Bolsonaro e militares, foram as enfermeiras que estiveram na linha de frente. O STF, dizendo que quer evitar demissões, endossa o arrocho salarial das patronais, enquanto o genocida Bolsonaro faz demagogia. É preciso que as centrais sindicais rompam sua paralisia eleitoral, organizem a luta das enfermeiras pela base, seja no setor privado, seja no público, unificando os trabalhadores de outras categorias que estão sofrendo com os baixos salários, inflação alta etc.
O Esquerda Diário se coloca inteiramente à disposição de receber denúncias e mostrar o ponto de vista das e dos trabalhadores. Todo apoio à luta das enfermeiras, pagamento do piso salarial já!
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