SEMANÁRIO 20 . 12 . 20 O método marxista e a atualidade dos tempos de crise, guerras e revoluções Emilio Albamonte
SEMANÁRIO 20 . 12 . 20 Vídeo: Frente Ampla ou Frente Única de Trabalhadores: Um debate de Estratégia à luz de Trótski
SEMANÁRIO 20 . 12 . 20 Breve história do feminismo, desafios e tarefas das e dos marxistas hoje Jéssica AntunesLuiza Dovicus
SEMANÁRIO Beethoven e a Revolução Francesa Chris Wright Recentemente se comemorou o 250º aniversário do nascimento, em Bonn, de Ludwig van Beethoven (1770-1827). Toma-se como referência o dia 17 de dezembro, dia de seu batismo, já que sua data de nascimento não é conhecida exatamente. Talvez seja o criador mais admirado do repertório musical ocidental denominado "clássico", com suas monumentais nove sinfonias, cinco concertos para piano, 32 sonatas para o mesmo instrumento, além de outras para violino e violoncelo, 16 quartetos de cordas, missas, sua música incidental e sua única ópera, Fidelio, entre muitos outros gêneros. A sua obra foi uma ponte, uma transição entre o classicismo e o período romântico, do qual muitos o consideram o "pai" (em seu aspecto musical). Esta transição e toda a sua vida adulta foram marcadas também pela Revolução Francesa e a luta contra o Antigo Regime na Europa, bem como pela derrota dos exércitos napoleônicos, a chamada “Restauração”, com a paz de Viena, uma cidade na qual residiu grande parte de sua vida. O artigo que apresentamos busca aprofundar a relação entre arte e política na obra de Beethoven para que, como diz o autor, “sintonizemos nossos ouvidos” e captemos o caráter subversivo de sua música, que está ligada aos ideais republicanos e revolucionários do “gênio de Bonn”, que nas grandes comemorações oficiais são totalmente esquecidas e neutralizadas, a ponto de sua música ter sido explorada por diferentes estados e regimes opressores. Chris Wright, Ph.D. em história dos EUA pela Universidade de Illinois, em Chicago, autor do artigo: Worker Cooperatives and Revolution: History and Possibilities in the United States, publicado na revista Dissent (dissentmagazine.com), afirma que, ao contrário, Beethoven é uma figura que pertence ao legado de quem quer subverter este mundo em suas raízes, antecipando aquele mundo em que “todos os homens serão irmãos” (parafraseando os versos de Schiller, do quarto movimento da monumental Nona Sinfonia), mas, primeiramente, deve-se lutar contra os poderes existentes para poder construí-lo.
SEMANÁRIO Coronavírus, vacinas, ciência e capitalismo John Parrington é professor e pesquisador no departamento de Farmacologia do Worcester College na Universidade de Oxford. Escreveu vários livros, entre eles Redesigning life: how genome editing will transform the world [Redesenhando a vida: como a edição genética transformará o mundo, em 2014], The deeper genome: why there is more to the human genome than meets the eye [O genoma profundo: porque há mais no genoma humano do que as aparências mostram, 2015] e Mind shift: how culture transformed the human brain [Mudança na mente: como a cultura transformou o cérebro humano], onde coloca uma visão superadora do reducionismo biologicista tomando os aportes de Lev Vygotski, que será publicada no ano que vem. Como investigador, se dedica a estudar os mecanismos moleculares de reprodução e embriogênese, assim como aspectos de marcação celular importantes para a farmacologia. Também é militante do Socialist Workers Party inglês. Em um ano marcado pela pandemia de Covid-19 e uma corrida por vacinas e tratamentos que expuseram os interesses da indústria da saúde e farmacologia, tivemos uma rica conversa sobre vacinas, a indústria farmacêutica e o capitalismo, os reducionismos na ciência e o aporte de um enfoque dialético e a situação dos trabalhadores da ciência. Disponibilizamos ao final a entrevista completa em espanhol, e a seguir uma seleção escrita, em português.
SEMANÁRIO “IndustriALL Brasil”: qual é a unidade necessária para derrotar os ataques do capitalismo em crise? Tatiane Lima Em meados de novembro de 2020, as duas maiores centrais sindicais brasileiras, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, realizaram a fundação da IndustriALL Brasil — uma entidade comum que unifica suas direções sindicais dos ramos da indústria têxtil, de vestuário, do couro, metalúrgica, química e farmacêutica. A entidade nasce em meio à profunda crise econômica mundial, agravada pela pandemia da Covid-19, com um discurso de defesa da reindustrialização nacional, da oferta de empregos de qualidade e pela adequação às novidades tecnológicas.