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Inflação | Inflação volta a subir em novembro: alimentos estão entre os maiores aumentos no país da fome

Passado o efeito deflacionário causado pela redução do ICMS nos combustíveis e energia no mês de outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou que entre os 10 principais itens que tiveram aumento de preços no acumulado de 12 meses, apenas 1 não está no grupo de alimentos, enquanto o país governado por Bolsonaro e Paulo Guedes conta com cerca de 30% da população em situação de fome.

quinta-feira 10 de novembro de 2022 | Edição do dia

No acumulado de 12 meses de inflação, a cebola superou 150% de alta. O tomate, assim como o pepino, a batata-inglesa e o limão estão entres os itens que mais tiveram alta de preços. O único item que não faz parte do grupo dos alimentos que teve alta de preço no mês são as passagens aéreas.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 0,59% em outubro. A alta veio após um breve período de deflação – com quedas de 0,68%, 0,36% e 0,29%, em julho, agosto e setembro, respectivamente. Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,7%. Já nos últimos 12 meses, está em 6,47%.

Nesse cenário o salário de mantém o mesmo e a fome continua sendo uma das maiores mazelas do país, com cerca de 30 milhões de brasileiros nessa situação, resultado da política nefasta de reformas e ajustes de Bolsonaro e Paulo Guedes jogando a crise nas costas dos trabalhadores e o povo pobre, aumentando o lucro dos banqueiros e capitalistas.

É preciso seguir o exemplo das greves na França, onde operários da Airbus, Air Liquide, Ponticelli Frères além de diversas outras categorias entraram em greve, seguindo os petroleiros da Total e Exxon por reajuste dos salários diante da inflação que atinge a Europa com o contexto da guerra na Ucrânia. É preciso que a CUT, dirigida pelo PT e a CTB dirigida pelo PCdoB, e também a UNE, organizem em cada local de estudo e trabalho uma forte mobilização contra os ataques e reformas e exigir reajuste de todos os salários de acordo com a inflação principalmente sobre os alimentos e redução das jornadas de trabalho sem redução salarial para dividir as horas de trabalho entre empregados e desempregados para atacar os interesses dos capitalistas.

Para enfrentar o aumento dos preços que consomem os salários do povo pobre, não podemos depositar nenhuma confiança no governo Lula-Alckmin, que vem cada vez mais cumprindo o papel de conciliação de classes e atendendo aos pedidos do capital financeiro. Após a derrota de Bolsonaro nas urnas, o governo de transição liderado por Geraldo Alckmin, o vice-presidente de Lula, mostra que o futuro governo de gestão está acordado com o mercado financeiro em manter as políticas neoliberais, com a escolha dos nomes de liberais ajustadores Pérsio Arida, guru econômico da campanha do PSDB de 2018 que prometia reformas e privatizações, e André Lara Resende, um dos formuladores do Plano Real e presidente do BNDES na gestão de FHC, ícone da direita neoliberal.

Veja também: Editorial | Contra a extrema-direita, construir uma força dos trabalhadores independente do novo governo e do regime




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